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Capital

Condutor de lancha envolvida em acidente com morte presta depoimento por 3 horas

Mais cedo, filho de pescador morto também foi ouvido pela Marinha, aqui em Campo Grande

Clayton Neves e Mariana Rodrigues | 12/05/2021 17:58
Thiago no estacionamento antes de visão ser bloqueada por lona. (Foto: Kísie Ainoã)
Thiago no estacionamento antes de visão ser bloqueada por lona. (Foto: Kísie Ainoã)

Depois de quase três horas, o servidor público Nivaldo Thiago Filho de Souza deixou o prédio da União dos Veteranos da Marinha do Brasil, onde prestou depoimento na tarde desta quarta-feira. Ele foi ouvido sobre acidente que causou a morte do pescador Carlos Américo Duarte, de 59 anos. Tanto na entrada quanto na saída, ele não conversou com a imprensa.

Thiago conduzia a lancha que colidiu com o barco da vítima no último dia 1°, durante pescaria em Miranda.

Cercado por grades fechadas, o prédio cedido para que os envolvidos prestassem depoimento fica no Jardim Imá, em Campo Grande. Por volta das 13h20 desta quarta-feira (12), dois agentes da Marinha chegaram ao local para começar os interrogatórios. Às 14h40, o advogado de defesa, Luiz Felipe Ferreira dos Santos, também chegou.

Thiago apareceu logo depois, dirigindo uma caminhonete, acompanhado de uma mulher, que estava no banco do passageiro.

Servidor público deixando sede dos veteranos da Marinha após depoimento. (Foto: Kísie Ainoã)
Servidor público deixando sede dos veteranos da Marinha após depoimento. (Foto: Kísie Ainoã)


Farol alto foi acionado para evitar que imagens fossem feitas na saída. (Foto: Kísie Ainoã)
Farol alto foi acionado para evitar que imagens fossem feitas na saída. (Foto: Kísie Ainoã)

Ao deixar o local, o advogado de Thiago disse apenas que acredita ser muito cedo para dar declarações sobre o caso. A defesa confia que apuração vai comprovar a inocência do condutor da lancha e que a morte foi uma fatalidade.

Mais cedo, por volta das 8h30, o filho da vítima, Caê Duarte, também foi ao local e prestou depoimento. Eles estava com o pai no dia da morte.

Segundo o advogado do rapaz, Rodrigo de Queiroz Rolim, ele repetiu a versão que já havia apresentado anteriormente.

À polícia, Caê disse que estava navegando com o pai próximo à margem do Rio MIranda, quando no encontro com o Aquidauana a lancha surgiu em alta velocidade no sentido oposto. Eles foram “atropelados” e o pescador morreu no local.

Questionada sobre o depoimento, a Marinha do Brasil não informou o teor e, em nota, informou apenas que não iria se manifestar, “pois o processo ainda está em andamento, e a divulgação pode comprometer” o inquérito.

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