Condutores penam para encontrar vagas, mas dizem que parquímetro não é a solução
Início dos trâmites para a realização do novo processo licitatório deve ocorrer no final de fevereiro
Consumidores que vão ao Centro de Campo Grande de carro precisam de paciência. Procurar uma vaga para estacionar se tornou um grande desafio. Lojistas da região se reuniram para pedir o retorno do estacionamento rotativo, com objetivo de solucionar o problema. Porém, motoristas afirmam que o retorno dos parquímetros não irá resolver a situação.
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Motoristas de Campo Grande contestam a eficácia do retorno do estacionamento rotativo no centro da cidade, medida defendida por lojistas para solucionar problemas de vagas na região. O sistema, encerrado em março de 2022 quando cobrava R$ 2,75 por hora, pode retornar com tarifa de R$ 4,40, segundo estudo da Agereg. Atualmente, usuários pagam entre R$ 5 e R$ 8 por hora em estacionamentos particulares. A prefeitura já autorizou nova concessão do serviço, que prevê expansão de 2.500 para até 6.200 vagas. A Agetran informou que os estudos técnicos estão em andamento, com previsão de conclusão em fevereiro, quando será iniciado o processo licitatório. A CDL Campo Grande defende o retorno do sistema, argumentando que a falta de rotatividade prejudica o comércio local.
Na época que foi encerrada, em março de 2022, a tarifa cobrada pelo estacionamento rotativo era R$ 2,75. Quando começou a ser discutido o retorno dos parquímetros, em 2023, estudo da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos) apontou que a nova tarifa seria de R$ 4,40.
Para a comerciante Ariene de Oliveira, de 38 anos, o retorno do parquímetro tem vantagens e desvantagens. “É bom porque o preço é mais baixo, mas é ruim de estacionar porque continuam sendo poucas vagas para muitos motoristas”, explicou.
Ariene ainda conta que gasta cerca de 15 minutos tentando encontrar uma vaga disponível. Na tarde desta sexta-feira (31), Ariane precisou recorrer ao estacionamento particular para deixar seu veículo.
O aposentado Euclides Ferronato, de 74 anos, também não encontrou vaga na Rua 14 de Julho. Mesmo pertencendo ao público preferencial, o idoso teve de pagar estacionamento para deixar seu veículo.
“Eu prefiro que não tenha o parquímetro, porque temos dificuldade para estacionar tanto com parquímetro quanto sem. Eu acredito que mesmo com dinheiro que o motorista vai depositar o problema não será resolvido”, comentou.
Atualmente, motoristas de carro que precisam recorrer ao estacionamento particular, precisam desembolsar entre R$ 5,00 a R$ 8,00 por hora, podendo ter taxa extra. Enquanto para quem utiliza motocicletas o valor fica entre R$ 4,00 e R$ 5,00.
Vai voltar? Em abril do ano passado, a prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a lei que autoriza nova concessão do serviço de estacionamento em Campo Grande para a iniciativa privada. Para a reportagem, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) informou que os estudos técnicos estão em andamento.
Ainda é explicado que a Agência de Regulação tem conduzido os estudos econômicos e financeiros. Enquanto a agência de trânsito realiza análises técnicas para viabilizar a operacionalização do contrato.
"A legislação autoriza a exploração de até 6.200 vagas, com prioridade inicial para a área central da cidade. A expansão do sistema será planejada conforme as diretrizes do Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana de Campo Grande (PDTMU). No contrato anterior, encerrado em março de 2022, havia 2.500 vagas disponíveis e o valor da hora era de R$ 2,75", detalha a Agetran.
Também é informado que a previsão é de que no fim de fevereiro os estudos sejam concluídos e entregues à Secretaria Especial de Licitações e Contratos. Somente então será dado o início aos trâmites necessários para a realização do novo processo licitatório.
Entenda a discussão - Lojistas de Campo Grande se reuniram nesta semana para pedir o retorno do estacionamento rotativo no Centro. O encontro foi conduzido pela CDL Campo Grande, de forma online. A falta de estacionamento nas ruas têm impactado diretamente no fluxo das lojas.
O problema é que quem consegue a vaga, fica estacionado por horas em frente às lojas, impedindo que os verdadeiros clientes estacionem para entrar no estabelecimento e comprar.
Diante disso, a CDL Campo Grande disse que irá buscar apoio junto à Agetran (Agência Municipal de Trânsito) para que possa agilizar o processo de licitação e retornar com o estacionamento rotativo.
Além disso, também irá elaborar um plano para firmar parceria com estacionamentos particulares, com o objetivo de incentivar os clientes a deixarem seus veículos nesses locais.
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