“Cone” confessa assassinato em tribunal do crime, mas diz que não sabe do corpo
O rapaz foi "julgado e condenado" pelo tribunal do crime do PCC (Primeiro Comando da Capital) em dezembro do anos passado
A polícia conseguiu localizar e prender mais um envolvido na morte de Maykel Martins Pacheco, de 19 anos. O rapaz foi julgado e condenado pelo “tribunal do crime” do PCC (Primeiro Comando da Capital) em dezembro do ano passado, mas seu corpo até hoje não foi encontrado. O sexto suspeito pelo crime, foi identificado como Márcio Douglas Pereira Rodrigues, o “Cone”.
Conforme apurado pelo Campo Grande News, Márcio Douglas já estava com mandado de prisão preventiva decretado quando foi localizado por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar, em uma casa do Jardim Campo Alto, no dia 15 de março.
Para os militares confessou a participação em pelo menos dois assassinatos em Campo Grande, o de Maykel Martins Pacheco e o do açougueiro Gyllyan Castilho Ramos, de 33 anos – morto em novembro de 2019 com vários tiros de pistola nove milímetros.
Márcio afirmou que agia a mandado de um interno do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande e indicou ainda uma das comparsas nos crimes, que não teve no nome revelado. Ela foi localizada e negou ter participado diretamente dos homicídios. “Cone” explicou então que as “caronas” eram para buscar as armas que ele usava nas execuções.
Depois de capturado foi levado para a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), que desde o desaparecimento de Maykel investigam o caso e procura seu corpo. Mais uma vez, conforme informações obtidas pela reportagem, Márcio confessou o crime. Detalhou que foi o responsável por matar o rapaz, no entanto negou saber onde ele está.
As buscas pelo corpo de Maykel continuam e além de “Cone”, outros cinco suspeitos estão presos. São eles: Wesley Torres da Silva, 30 anos, Iago Gustavo Ribeiro Bronzoni, o Taurus, e Tales Valensuela Gonçalves, conhecido como Pesadelo, Marcio Fernandes Feliciano, de 40 anos, vulgo MCD ou Zorro do Asfalto e Everson Silva Gauna, o Neguinho.
O assassinato – Quando foi capturado, Wesley Torres da Silva revelou detalhes de como o crime aconteceu. Em deoimento relatou que era simpatizante da facção, vendia drogas na região da Vila Nhá Nhá e na antiga rodoviária e fazia alguns serviços para integrantes do PCC.
Por isso, no dia do crime, foi chamado até a casa de um dos envolvidos, no Bairro Dom Antônio Barbosa e lá encontrou Iago, Tales e o próprio Maykel, que já estava ferido. Segundo ele, a vítima dizia que era simpatizante do CV (Comando Vermelho) facção rival do PCC.
Maikel passou a noite no local, em “julgamento” e na manhã do dia seguinte foi levado para o local em que foi executado, uma estrada vicinal da Estação Guavirá. Na versão de Wesley, ele ficou vigiando a região enquanto os outros entravam em uma mata com a vítima. De longe ouviu tiros. Afirmou ainda que todos fugiram logo em seguida, por conta da aproximação de um carro.
Equipes da delegacia especializada realizaram buscas em toda a região, mas Maikel não foi encontrado. A suspeita é que um dos envolvidos tenha voltado ao local, resgatado o corpo e enterrado em outra região. Caso segue em investigação.