Conselho diz que mulher presa por fazer botox não tem registro de fisioterapeuta
Nesta semana, mulher foi autuada e teve sala interditada em Campo Grande
O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de Mato Grosso do Sul, confirmou que a mulher, de 38 anos, que se diz fisioterapeuta não possui registro no órgão. Ela foi flagrada pela fiscalização da Vigilância Sanitária e autuada por além de exercer a profissão sem ser habilitada, fazer procedimentos estéticos, que não são de competência da profissão.
Segundo o Conselho, “a acusada se identificou como Fisioterapeuta e Médica, porém, não apresentou registros em ambas entidades fiscalizatórias, lembrando que a profissional declarou que se formou em medicina e em fisioterapia. Em oportunidade reforço que a acusada também não tem registro no CREFITO-13 e foi autuada por isso e outras irregularidades”, afirmou o órgão.
Consta no boletim de ocorrência que a tal profissional atendia em uma clinica na Rua da Paz no Jardim dos Estados em Campo Grande. A auditora fiscal da Vigilância realizava inspeção no estabelecimento após denúncia de que a "profissional" ministrava cursos de procedimentos privativos de ato médico, tendo como público alvo não médicos e ainda cooptava pacientes para aulas práticas.
À fiscalização, a acusada, disse que é fisioterapeuta e médica, porém não apresentou a carteira de habilitação que comprovasse as duas profissões.
Na ocasião, uma paciente a aguardava para fazer procedimento de preenchimento com ácido hialurônico. Diante do flagrante e como não havia outro profissional habilitado para fazer tal procedimento a paciente foi embora.
No local foram encontrados diversos produtos injetáveis, agulhas, seringas, fio de sutura e medicamentos injetáveis. Consta ainda na ocorrência, registrada pela autora fiscal, que a mulher por sua formação não poderia utilizar tais objetos e procedimentos. Ainda segundo outro fiscal, a fisioterapeuta não é habilitada para atuar em MS muito menos realizar os procedimentos pois não são de competência da profissão de fisioterapia.
A sala da clínica onde ela atendia foi interditada, assim como o armário com medicamentos.
Foi constatado ainda que a mulher divulgava nas redes sociais cursos e procedimentos estéticos, além de fotos e vídeos. Divulgou também a participação em uma exposição de beleza que teve no último fim de semana. Há vídeos divulgando curso de anatomia e anestesia em cadáveres.
Uma testemunha relatou que a profissional afirmava ter se formado no Paraguai. O caso foi registrado como exercício ilegal da medicina na Depac Centro.