Conselho Nacional de Saúde proíbe formação de enfermeiros a distância
Coren/MS avalia decisão como positiva, já que profissionais precisam ter contato com pacientes durante o curso
O CNS (Conselho Nacional de Saúde) aprovou nesta quinta-feira (2) a proibição de cursos de graduação e formação técnica de EaD (Ensino a Distância) na área de Saúde em todo o país. Os conselhos regionais e federal defendem que a formação de profissionais precisa ter o contato direto com o paciente, o que não ocorre nos cursos a distância.
O Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) e os conselhos regionais realizam durante o ano audiências públicas em todo o Brasil, promovendo discussão sobre a formação de profissionais de enfermagem a distância e os riscos à Saúde Coletiva. O Cofen atua, ainda, junto ao Ministério da Educação, Ministério da Saúde e ao Congresso Nacional, onde apoia o Projeto de Lei 2.891/2015, que proíbe a formação de profissionais de Enfermagem por EaD.
Para a presidente do Coren/MS, Vanessa Pradebon, a decisão é uma grande vitória. “Estamos todos nos manifestando contra a formação pelo processo todo de formação a distância, desde como ele se desenvolve, até os problemas com aulas práticas, estágios supervisionados. Tanto no nível médio, quanto superior, esse tipo de formação pode colocar em risco uma assistência de enfermagem de qualidade, por isso nos posicionamos contra e vemos com muita satisfação essa decisão”, afirmou a presidente.
Atualmente, conforme o Cofen, existem cerca de 60 mil estudantes de cursos EaD no país. A decisão do CNS não tem força de lei e sim de recomendação, mas conforme o Coren/MS, foi um grande passo e fortalece o projeto de lei 2.891/2015, do deputado Orlando Silva (PC do B-SP).