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Capital

Consórcio pede R$ 76,5 milhões e prefeito adianta: "Não vamos dar nada"

Concessionária do transporte coletivo foi à Justiça pedir perícia técnica no contrato mantido com o município

Mayara Bueno | 10/05/2019 15:51
Ônibus da linha que parte do Terminal Júlio de Castilho sentido Shopping Campo Grande, parado na Avenida Afonso Pena. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo).
Ônibus da linha que parte do Terminal Júlio de Castilho sentido Shopping Campo Grande, parado na Avenida Afonso Pena. (Foto: Marina Pacheco/Arquivo).

Além da perícia técnica no contrato com a Prefeitura de Campo Grande, o Consórcio Guaicurus – concessionária do transporte coletivo - pede R$ 76,5 milhões de indenização, justificando “perdas financeiras” no contrato desde 2012.

Os dados são resultado de uma consultoria realizada pela Maxvalor Consultoria e Treinamento. Também há pedido de reajuste na tarifa, hoje em R$ 3,95, para R$ 4,46 e elevação da idade máxima dos veículos para 11 e 13 anos.

Contudo, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirma que não vai pagar absolutamente nada ao consórcio, somente se for forçado por decisão judicial.

As perdas citadas são calculadas de 2012 a 2018. O montante é calculado com o que a empresa deixou de arrecadar, em virtude da não realização de previsão de passageiros transportados ao longo deste período, R$ 44,9 milhões, e também por incorreção no cálculo na fórmula de reajuste, que somaria R$ 31,6 milhões. A consultoria ainda dá opção de “reembolso por parte do concedente e amortização desse custo pelo restante do período contratual”.

“O objetivo deste estudo é demonstrar de maneira clara e justificada que as mudanças havidas nas condições de transporte no período de 2012 a 2018 estão inviabilizando as operações atuais a ponto de não haver geração de recursos financeiros suficientes para sequer investir em frota”.

No mesmo imbróglio, a Prefeitura de Campo Grande cobra a troca de 48 ônibus da frota de 505, sob pena de aplicação de multa de R$ 2,7 milhões. O chefe do Executivo municipal afirma que as cláusulas contratuais são cumpridas e qualquer medida além só vai ocorrer caso houver determinação judicial.

No documento, o Consórcio Guaicurus elenca possibilidades queda na velocidade média dos veículos com aumento de tempo de viagem, meios individuais de transporte, como motos, aplicativos, e insegurança dos passageiros nos pontos de ônibus.

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