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Capital

Contador que simulou a própria morte para fugir da Justiça tem liberdade negada

Tércio é réu por organização criminosa, estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica

Liniker Ribeiro | 06/07/2021 15:24
Tércio Moacir Brandino em foto publicada nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)
Tércio Moacir Brandino em foto publicada nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)

Três meses após voltar à prisão, o contador Tércio Moacir Brandino, de 59 anos, teve pedido de liberdade negado pelo juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande. Tércio, que antes de ser preso em abril chegou a simular a própria morte para não ser achado pela justiça, é réu por organização criminosa, estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica.

Tércio foi alvo de quatro operações policiais, em Mato Grosso do Sul, incluindo a Lama Asfáltica. Em 2017, o contador “escapou” da prisão pela porta da frente, após conseguir alvará de soltura em um dos processos que responde, mesmo não podendo ser liberado por, na época, ainda ter dois mandados de prisão válidos.

Na decisão recente, Waldir Peixoto Barbosa avaliou como necessária a prisão de Tércio para garantia da ordem pública. Além disso, afirmou que “reexaminando os autos, não vislumbro qualquer alteração na situação fática que possa levar à mudança na situação prisional, remanescendo o mesmo panorama que levou o requerente à prisão cautelar, cujos motivos e fundamentos permanecem inalterados”, cita em trecho do documento.

Tércio está preso desde o dia 6 de abril, após quatro anos fugindo. A prisão foi feita por policiais do Dracco ( Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). Além da Lama Asfáltica, Brandini foi alvo das ações Caduceu, Iceberg e de outra deflagrada pelo Deco (Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado) no final do ano de 2016, contra organização criminosa especializada em crimes de estelionato envolvendo maquinários agrícolas.

“Livre” - A saída irregular do IPCG (Instituto penal de Campo Grande), em 2017, foi descoberta só dois meses depois, quando Tércio foi procurado no presídio para notificação judicial. Um agente penitenciário foi condenado por ter permitido a saída irregular.

Conforme a Dracco divulgou, mesmo foragido o contador tentou enganar as autoridades, simulando a própria morte. Para isso, tentou utilizar seus dados em paciente que havia dado entrada junto ao Hospital Regional de Campo Grande MS e morrido. A fraude foi descoberta por meio do confronto das digitais.

Para não ser pego, o fugitivo mudava constantemente de endereço e usava nomes falsos. Foi achado em um condomínio na Vila Aimoré em Campo Grande. Passou por exame de corpo de delito e foi encaminhado ao presídio para cumprir as penas.

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