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Capital

Contra o frio, famílias improvisam isolamento térmico e faltam cobertores

A famílias sofrem com as baixas temperaturas dentro de barracos de madeira, piso de terra e sem forro

Geniffer Valeriano e Mariely Barros | 16/06/2023 18:41
Contra o frio, famílias improvisam isolamento térmico e faltam cobertores
Diego dividiu com a esposa e filhos as únicas duas cobertas que restaram. (Foto: Henrique Kawaminami)

No dia em que Campo Grande amanheceu com sensação térmica de 1,9ºC, moradores da comunidade “Esperança”, no bairro Noroeste, sofrem com as baixas temperaturas e precisam improvisar para tentar se aquecer. Os barracos são de madeira, sem forro no teto e a maioria com piso de terra, conhecido como "chão batido". Assim, enfrentar o frio fica ainda mais difícil. Na comunidade vivem 255 famílias.

O mecânico Diego Ilário, de 30 anos, mora no local com a esposa e os filhos, gêmeas de 4 anos e outras duas crianças de 5 e 9 anos. Tentando evitar a entrada do frio, usou parte das poucas cobertas que tinha para cobrir as frestas das paredes do barraco.

“Está muito ruim, o barraco tem alguns buracos e temos que usar cobertas para cobrir, então falta coberta e fica bem frio. Essa noite juntamos a cama das crianças com a nossa para dividirmos as nossas duas cobertas. Até joguei o [ar quente do] secador [de cabelo] para ver se aquecia”, explicou.

Contra o frio, famílias improvisam isolamento térmico e faltam cobertores
Diego vestindo agasalhos na filha de 4 anos. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com poucos casacos, meias e sapatos para os filhos, Diego diz que está difícil para as crianças irem até a escola.

No barraco da família de Rusilene Maria dos Santos, de 48 anos, as dificuldades são parecidas com as dos vizinhos: “Minha mãe tem 74 anos e passou muito frio ontem à noite. Não gosto nem de lembrar. Essa noite nem dormi, acordei a noite toda com frio. Meu barraco não tem buraco na parede, mas mesmo assim é muito frio”.

Uma das líderes da comunidade, Thays Golveia conta que entre os moradores existem mais crianças do que adultos, sendo a maioria com menos de 12 anos.

Contra o frio, famílias improvisam isolamento térmico e faltam cobertores
Grande parte da comunidade é formada por crianças menores de 12 anos. (Foto: Henrique Kawaminami)

“As crianças não estão indo para o colégio por estar passando frio. Até eu passei frio com as crianças, mas tem barracos que estão sofrendo mais, principalmente os que não tem piso. Quando chove, a água de todo o Noroeste desce para cá, a terra fica encharcada e fica muito frio dentro dos barracos”, relatou Thays.

A líder comunitária ainda diz que mesmo recebendo auxílio do governo e seu marido trabalhando de maneira autônoma, não sobra dinheiro no fim do mês para comprar roupas de frio para os filhos de 5, 8 e 10 anos de idade.

Doações de comida e roupas que costumavam ser entregues na comunidade não estão sendo feitas. “Estamos desesperados, principalmente por conta das crianças”.

Quem quiser ajudar os moradores da comunidade esperança pode entrar em contato com Thays através do número: (67) 99310-1668, via WhatsApp.


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