Coveiro morto em briga por barulho é enterrado no cemitério onde trabalhava
Amigos e familiares se despediram de Bruno Cadete, assassinado na noite de quinta-feira
Amigos e familiares se despediram neste sábado de Bruno Aparecido Gabilão Cadete, de 28 anos, assassinado a facadas pelo vizinho na noite de quinta-feira (10) após reclamar de barulho no residencial Portal das Laranjeiras, no Jardim Tarumã, em Campo Grande. O rapaz era coveiro e foi velado e sepultado no Cemitério Park Monte das Oliveiras, onde trabalhava há cerca de cinco anos.
Gabriel Ferreira, de 29 anos, também trabalha como coveiro e era colega de Bruno. Disse que ficou chocado ao receber a notícia da morte do amigo. “Era amigo da gente há muito tempo. É doído”. O rapaz fez questão de empurrar o caixão que levava o amigo para a sepultura. “Lembrei das coisas que passamos aqui. Era [um cara] gente boa, só fazia o bem”.
Welington Araújo, de 23 anos, é o mais próximo dos sete irmãos de Bruno. Ele pede justiça pelo assassinato do rapaz. “[Ele] não fazia mal para ninguém. Sobre o crime, não sabemos de nada, já me informei também que ele nunca teve briga com esse rapaz. A justiça vai ser feita. Agora é só lembrança”, diz.
Bruno deixa esposa e um filho de seis anos, que segundo o irmão, era sua maior companhia, junto com a paixão por carro rebaixado. “O filho estava sempre com ele”.
O suspeito de ter matado Bruno foi identificado apenas como Diego. De acordo com boletim de ocorrência, o rapaz fugiu em um Fiat Uno, de cor azul. O celular do suspeito foi encontrado por investigadores.
Uma moradora, que tem medo de ser identificada, disse ao Campo Grande News que Diego estava em uma briga com a esposa tarde da noite de quinta-feira. A discussão provocou barulho e da janela de seu quarto Bruno pediu silêncio porque a mulher e o filho pequeno tentavam dormir.
O suspeito disse para Bruno descer e “falar na cara dele”. Segundo essa moradora, Bruno já voltava para o apartamento quando Diego o acertou com uma faca. O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Cepol e será investigado pela 6ª Delegacia de Polícia.
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