Defesa alega insanidade de homem que matou e "crucificou" prostituta
Sérgio Guenka, 52 anos, teve o processo suspenso pelo juiz Carlos Alberto Garcete até laudo médico
A defesa de Sérgio Guenka, assassino confesso de Cristiane Eufrásio Millan, alegou insanidade mental dizendo que o homem é portador de esquizofrenia paranóide e por isso, faz uso de diversos remédios controlados. Com isso, o processo de feminicídio foi suspenso.
O pedido foi protocolado no dia 24 de junho deste ano pelo advogado Wagner Higa de Freitas.
No documento, o defensor afirma que Sérgio está há mais de 20 anos sob supervisão médica, mesmo período em que recebe benefício assistencial “em razão de seu problema”. O advogado ainda afirma que pelos depoimentos prestados na delegacia e na audiência de custódia, era possível notar que ele estava “totalmente incapaz” no momento do crime.
“Assim, ante o documento apresentado, postula a suspensão do processo principal e a instauração do incidente de insanidade mental, determinando-se o encaminhamento dos autos ao(s) perito desse juízo. Outrossim, postula também seja oficiado o órgão previdenciário (INSS) para que forneça cópia integral do processo de concessão do benefício assistencial do acusado”, diz o documento.
O advogado acrescentou aos autos um atestado médico datado de 22 de abril deste ano onde médica psiquiatra afirma que Sérgio está em acompanhamento desde 27 de outubro do ano passado, por conta da esquizofrenia, e sua última consulta aconteceu em 5 de fevereiro deste ano.
No mesmo dia, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) não se opôs ao pedido. Com isso, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida determinou a instauração do incidente de insanidade mental e suspendeu o processo até a juntada do laudo que deve ser entregue em até 45 dias, após o exame que tem de ser feito em até cinco dias.
Entenda - Sérgio Guenka confessou ter matado Cristiane a facadas no sábado (20) após contratá-la para um programa sexual. Somente na manhã desta segunda-feira (22), foi que ligou para a irmã dele e afirmou que tinha matado uma mulher. A irmã, inicialmente, não acreditou, mas comunicou a polícia.
Os militares chegaram na casa e localizaram a vítima no chão do quarto. Na casa, o sangue pelos cômodos evidenciava o crime com requintes de crueldade. Equipe dos bombeiros foi acionada e constatou a morte da vítima.
"Crime com requintes de crueldade e a vítima aparenta ter morrido há pelo menos um dia, pois o corpo já estava em início de decomposição", disse o tenente dos bombeiros, Carlos Alex Sanchez.
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