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Capital

Advogado de rapaz que matou segurança alega legítima defesa

Angela Kempfer | 19/03/2011 10:11

A defesa do advogado Christiano Luna de Almeida, de 23 anos, acusado de matar com um soco o segurança de um bar na avenida Afonso Pena, alega que o rapaz apenas se defendeu, sem a intenção de matar Jefferson Bruno Escobar, na madrugada de hoje.

O autor está preso, apesar da contestação do advogado de defesa, Abdalla Maksoud Neto. “O Christiano só se defendeu e tem residência fixa e trabalho”, reclama.

Segundo ele, o jovem é recém formado em Direito e tem emprego no serviço público, mas não soube dizer em qual órgão.

Na versão da defesa, Christiano estava “muito bêbado” e por isso não se lembra exatamente do que aconteceu na madrugada. “Ele bebeu demais e os detalhes que temos do caso são relatos das testemunhas”, explica.

O advogado conta que em depoimento, pessoas que presenciaram a briga disseram que Christiano, ao ser retirado do bar, reagiu contra os seguranças e foi “jogado” no gramado que fica em frente ao prédio.

“Todos dizem que os segurança estava sobre o Christiano, que para se desvencilhar do cara, que era muito maior do que ele, deu um soco”, garante.

Abdala considera o caso “uma fatalidade”. “Ninguém quer matar ninguém dando um soco, não é?”

Sobre o fato de Christiano ser lutador de jiu-jitsu, o advogado assegura que o rapaz luta “há pouco tempo” e não teria condições de “dar um golpe mortal”.

“O Christiano é pequeno, tem no máximo 1,65m, ficou assustado com um segurança daquele tamanho e revidou”, alega.

O advogado lembra do caso do amigo que também deu um empurrão no amigo na saida de uma boate de Campo Grande, no dia 12 de fevereiro, e Flávio Alberto Araújo, de 31 anos, acabou caíndo de uma altura de 3 metros e morreu.

"São casos trágicos, mas sem qualquer vontade de matar", justifica.

Segundo ele, Christiano não resistiu à prisão, quando os policiais chegaram em sua casa, na manhã de hoje, na Chácara Cachoeira. "Ele está colaborando, não tem porque ficar preso", protesta.

Sobre Christiano já ter passagem policial, por briga na Expogrande, em 2009, o advogado diz que "não conta" porque ainda não virou processo.

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