Defesa quer júri separado para acusados de matar prostituta
Pedido ainda está em análise
A defesa de Fernando Pereira Verone, um dos três acusados de matar a prostituta Claudinéia Rodrigues, em maio de 2009, em Campo Grande, quer que o júri popular dos envolvidos no crime seja realizado separadamente.
O julgamento de Fernando, Hugo Pereira da Silva e Leonardo Leite Cardoso está marcado para ser realizado em sessão única, no próximo dia 25, mas pode haver alteração na data caso o pedido seja aceito pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, responsável pelo caso.
O defensor público Humberto Bernardino Sena, que faz a defesa de Fernando, alega que a defesa dos envolvidos é conflitante e por isso é necessário que os júris sejam feitos separadamente.
O corpo da prostituta foi encontrado pela manhã em um matagal nas proximidades do bairro Nova Campo Grande e Santa Emília, com diversos ferimentos.
Os autores, todos de classe média, foram presos em junho. Hugo e Fernando faziam faculdade na época, em instituição particular de ensino. Fernando, que era acadêmico de Direito, foi o último a ser preso.
Hugo ficou poucos meses preso, já Leonardo e Fernando só saíram da cadeia em setembro do ano passado, por decisão da Justiça. Os três confessam envolvimento no crime, mas nenhum assume a responsabilidade sobre as agressões.
Os três amigos estavam no carro do pai de Fernando na época, um Palio Wekend, e davam voltas na cidade quando decidiram abordar prostitutas.
Eles então conversaram com Claudinéia, que era conhecida como “Néia”, e com uma amiga dela. As duas aceitaram e então os cinco seguiram para o Motel Chega Mais.
Ao chegar em frente ao local, a amiga da vítima desconfiou da situação e pulou do carro em movimento. Já Claudinéia ficou e acabou sendo morta no matagal.
De acordo com a acusação, após o crime, Hugo foi o primeiro a ir embora. Já Leonardo e Fernando ainda voltaram ao local do homicídio e só então foram para casa.