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Capital

Delegada ouvirá testemunhas em velório para confirmar versões do crime

Imagens de câmeras de segurança também devem ajudar polícia a apurar circunstâncias da morte

Luana Rodrigues | 02/01/2017 15:12
Policial disparou contra empresário, que bateu em poste e morreu na Ernesto Geisel. (Foto: Simão Nogueira)
Policial disparou contra empresário, que bateu em poste e morreu na Ernesto Geisel. (Foto: Simão Nogueira)

Daniella Kades, delegada responsável por investigar o caso que resultou na morte do empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, e deixou outras duas pessoas feridas, disse que vai ouvir as pessoas que estavam em um velório na frente do local do crime, para confirmar as versões apresentadas pelas vítimas e o autor. 

De acordo com Kades, o objetivo é descobrir o que levou o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, 46, a atirar nas vítimas. “Recebi o inquérito por volta das 10h da manhã de hoje. Ainda não deu tempo de apurarmos nada. Mas pretendo ouvir as partes e principalmente quem viu o que houve”, explicou a delegada.

A delegada afirma que ainda não sabe dizer quantas pessoas serão ouvidas, mas acredita que o depoimento delas será fundamental para o andamento das investigações. "Se alguém realmente viu como tudo aconetceu pode dar detalhes que confirmem se o autor agiu ou não por legítima defesa", diz.

Conforme Kades, outra estratégia da polícia será buscar imagens de câmeras de segurança que mostrem a primeira briga entre os envolvidos, logo após o momento em que Adriano teria “fechado” o carro do policial. “Vamos observar o comportamento deles e a partir daí confirmar as versões apresentadas”, explicou.

Crime - O policial Ricardo Hyun Su Moon conduzia um Mitsubishi Pajero e disparou contra uma Hilux, conduzida pelo empresário Adriano Correia, dono da Sushi Express. A vítima foi atingida no pescoço, perdeu o controle da direção e o veículo derrubou um poste de iluminação pública. Ele morreu no local.

Agnaldo Espinosa da Silva, 48 anos, e o filho de 17 anos, também foram feridos, mas passam bem. As vítimas continuam na Santa Casa, já fora do atendimento emergencial, e também devem ser ouvidas pela polícia.

O policial rodoviário federal ficou no local do crime e chegou até a discutir com uma das vítimas, mas não foi preso na ocasião, mesmo havendo policiais militares no local. Posteriormente, ele acabou sendo detido em flagrante ao comparecer na delegacia com um advogado e representante da PRF.

Liberdade - Apesar de indiciado em flagrante pela Polícia Civil, Moon responderá o processo em liberdade após a Justiça negar neste domingo (1) o pedido de prisão preventiva por 30 dias. O policial alega legítima defesa.

Adriano era dono da Sushi Express, um restaurante oriental na região do Jardim dos Estados, foi enterrado ontem, às 15h, no Cemitério Nacional Parque da Vila Moreninha IV.

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