Delegada pode concluir inquérito sem ouvir vítima de agressão no réveillon
Vítima de politraumatismo, Giovanna Nantes Tresse de Oliveira, 19 anos, pode não dar depoimento à polícia sobre o que ocorreu na noite de réveillon em um apartamento na Rua São Paulo, Vila Célia, em Campo Grande. O inquérito que investiga as causas das quatro fraturas que Giovanna teve rosto depois de brigar com o então namorado Matheus Georges Zadra Tannous, 19, pode apontar agressão ou acidente sem o depoimento da vítima.
O laudo pericial realizado na jovem ficou pronto no último dia 29. A delegada Rosely Molina, titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), evita antecipar o resultado do exame e diz que pode encerrar o caso na próxima semana, mesmo sem conversar Giovanna. No entanto, Molina confirma que pode pedir prorrogação das investigações se aparecerem novas diligências.
Giovanna se mudou para Londrina (PR) a cerca de 15 dias e não deixou endereço na Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Por isso, a possibilidade de a jovem prestar depoimento por carta precatória foi descartada. O pai dela, Luiz Carlos de Oliveira, 45, garante que a vítima voltará à Capital nos próximos dias.
“Falei com a mãe dela hoje e ela me disse que vai voltar. Às vezes, na delegacia, o pessoal acha que ela não quer conversar, mas não é isso. Ela não se lembra do que aconteceu no dia do réveillon”, diz.
Crime - Giovanna foi internada na madrugada do dia 1º de janeiro, logo após a comemoração do Ano Novo, com quatro fraturas no rosto, duas no maxilar e duas abaixo do olho direito, sendo que precisou passar por cirurgia. A menina estava acompanhada apenas do namorado em um apartamento da mãe do Matheus, localizado na rua São Paulo, Vila Célia, quando ocorreu uma discussão.