Denúncia leva a casa com 'som alto', dona resiste à prisão e é imobilizada
Caso aconteceu na noite de ontem (14); moradora relata ter sido acusada injustamente
Por volta das 23h de ontem (14), dois policiais militares foram até residência no Bairro Tiradentes verificar denúncia anônima de festa com "som alto e algazarra". No local, conforme boletim de ocorrência, a equipe constatou perturbação do sossego alheio. Ao abordar a dona da casa, os policias dizem que foram agredidos.
De acordo com o registro da PM (Polícia Militar), a proprietária, de 42 anos, se recusou a apresentar documento de identificação sob justificativa de que a residência e calçada onde a guarnição pisava eram propriedade particular.
Os militares então alertaram sobre os crimes que ela cometia, mas a mulher os desafiou a prendê-la. Ainda segundo o boletim de ocorrência, vizinhos se aproximaram "exaltados e aparentemente embriagados" e tentaram intimidar os dois oficiais.
A autora recebeu voz de prisão, resistiu e foi imobilizada à força, tendo ferimentos leves no joelho e pulso quando caiu no chão. O registro consta que durante a ação, vizinho não identificado arremessou objeto contra a viatura e trincou o vidro traseiro do carro.
Outro lado - Por meio do canal Direto das Ruas, a moradora argumenta que foi acusada injustamente de estar com som alto, já que ela estava apenas com a própria filha e o genro na casa, além de duas crianças pequenas que dormiam no quarto.
Ele [policial] perguntou se eu estava duvidando que ele entraria, eu disse que não e eu abri o portão pra eles entrarem, mas mesmo assim ele continuou a gritar comigo
"No momento que minha filha foi pegar meus documentos ele me arrastou para fora de casa e me algemou, outras pessoas que viram minha prisão vieram me defender, mas mesmo assim me arrastaram para a viatura e o policial entrou em minha casa com todos os som desligados. Eles entraram e pegaram os aparelhos".
Em seguida da ocorrência, aparelho de som da casa foi apreendido e a autora foi liberada depois de assinar termo de compromisso. "Me levaram para a delegacia, lá fui humilhada, chamada de favelada. Eles ainda disseram que pobre tem que se f****", relata a mulher.