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Capital

Denúncias de Delcídio podem ser desmembradas em 20 processos

Michèlle Canes, da Agência Brasil | 23/03/2016 16:45
Senador Delcídio do Amaral, que fez delação premiada à Lava Jato (Foto: Arquivo)
Senador Delcídio do Amaral, que fez delação premiada à Lava Jato (Foto: Arquivo)

A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que as denúncias feitas pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), em sua delação premiada, sejam divididas em 20 casos. O pedido precisa ser autorizado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na alta corte.

Caso a divisão seja aceita, cada um dos fatos passará a ser um processo independente. A procuradoria vai decidir como procederá em relação a cada um dos fatos relatados por Delcídio.

A delação do senador Delcídio do Amaral foi aceita pelo ministro do STF Teori Zavascki no último dia 15. No acordo, o senador se comprometeu a colaborar com as investigações da Lava Jato.

Prisão – O senador Delcídio do Amaral foi preso no dia 25 de novembro do ano passado depois que Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, entregou ao Ministério Público a gravação de uma reunião em que Delcídio propunha o pagamento de R$ 50 mil por mês à família e um plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras deixar o país.

Cerveró estava preso em Curitiba. O senador dizia poder interferir no caso, recorrendo a alguns ministros do Supremo para conseguir um habeas corpus para Nestor Cerveró.

Delcídio foi solto no dia 18 de fevereiro sob condição de se manter em casa, mas podendo deixar a sua residência para ir ao Senado. Desde então, ele está de licença médica.

A delação premiada é um instrumento pelo qual o acusado fornece informações para esclarecer os crimes investigados. Em troca, ele pode obter benefícios, tais como a redução de pena, se for condenado.

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