ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Depois de delatar Nando, comparsa tem pena reduzida em 3 anos

Michel Henrique afirmou ao juiz que participou do assassinato de "Café" e confirmou o envolvimento do serial killer

Geisy Garnes e Mirian Machado | 14/09/2018 16:58
Michel Henrique passou por júri nesta sexta-feira (Foto: Marina Pacheco)
Michel Henrique passou por júri nesta sexta-feira (Foto: Marina Pacheco)

Michel Henrique Vilela Vieira, comparsa de Luiz Alves Martins Filho, o Nando, e Jean Marlon Dias Domingues, foi condenado a 13 anos de prisão nesta sexta-feira (14) pela morte de “Café” ou “Neguinho” - uma das 13 vítimas assassinadas pelo “grupo de extermínio” no bairro Danúbio Azul. Os outros dois suspeitos já haviam sido condenados pelo mesmo crime.

Conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), assim como as outras vítimas de Nando, “Café” foi atraído para o Jardim Veraneio, estrangulado com uma corda, agredido com golpes de chave de fenda e esfaqueado. Depois de morto, ele foi enterrado de ponta cabeça em um covas no ‘cemitério clandestino’.

A vítima, até hoje não identificada, teria sido morta por dever dinheiro a Nando e ter agredido Jean dias antes. Os dois passaram por julgamento no dia 29 de junho, e em juízo negaram envolvimento na morte de Café. Ainda assim assim, foram condenados a 18 anos e 3 meses e 5 anos e seis meses de prisão em regime fechado.

Sem advogado na data, Michel teve o processo separado dos comparsas e por isso só foi julgado nesta manhã. Diante do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, confessou ter levado a vítima ao local que ficou conhecido como cemitério clandestino. Ele ainda confirmou ao júri que Nando assassinou Café, com sua ajuda e de Jean.

Enquanto o promotor de justiça Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos pediu a condenação de Michel por homicídio qualificado por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver, o defensor público Ronald Calixto Nunes pediu a absolvição do cliente, ou a exclusão das qualificadoras e a redução da pena diante da confissão do crime.

Por maioria dos votos, o conselho de sentença condenou Michel pelos crimes denunciados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Durante a leitura da sentença, o juiz levou em consideração dois fatores: a confissão do crime e a delação dos outros dois suspeitos, Nando e Jean.

Segundo o juiz, Michel não só confessou o crime, mas também detalhou a motivação, o envolvimento de Jean e Nando e como o assassinato aconteceu, sendo a prova definitiva da participação dos outros dois réus, que negaram o homicídio durante julgamento. “Assim, em outras palavras, é com base também na confissão e delação deste acusados que se tem certeza de que a condenação de Nando e Jean foi correta”, defendeu.

Por conta desses fatores, a pena que inicialmente era de 16 anos de reclusão por homicídio, foi reduzida a 12 anos (um anos pela confissão e dois pela delação dos comparsas). Michel ainda foi condenado a um ano e um mês por ocultação de cadáver, o que somou uma pena de 13 anos e um mês de prisão em regime fechado.

Nos siga no Google Notícias