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Capital

Depois de um ano sem contrato, empresa retira radares das ruas

Agetran deve reforçar uso de equipamentos móveis na fiscalização

Kleber Clajus | 27/02/2018 19:13
Equipes retiraram equipamentos na Afonso Pena,
Mato Grosso e Hiroshima (Foto: Saul Schramm)
Equipes retiraram equipamentos na Afonso Pena, Mato Grosso e Hiroshima (Foto: Saul Schramm)

Depois de pouco mais de um ano sem contrato com a Prefeitura de Campo Grande a empresa Perkons iniciou, nesta terça-feira (27), a retirada de equipamentos de radar e lombadas eletrônicas de ruas e avenidas. Edital para o serviço ainda está pendente.

O contrato com a empresa, que passou a recolher os radares, venceu em dezembro de 2016. Ao todo eram 66 equipamentos monitorando 127 faixas, enquanto o sistema que flagrava motoristas avançando no sinal vermelho, parados na faixa de pedestres e com velocidade superior em cruzamentos também deixou de operar em abril do mesmo ano.

Foram confirmadas pela reportagem do Campo Grande News a remoção de radares de fiscalização de velocidade nas avenidas Afonso Pena, Mato Grosso e Hiroshima.

Janine de Lima, diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), disse ser normal a retirada dos equipamentos com o fim do contrato com a prefeitura. O plano de contingência, desde o desligamento dos equipamentos, recorreu ao uso de três radares móveis que "não perdem a capacidade de fiscalização e possuem o efeito surpresa".

No ano passado, a licitação para o serviço foi lançada em 4 de outubro, contudo acabou suspensa em 5 de novembro para responder questionamentos de empresa participante. Janine informou que a expectativa agora é de que o processo seja retomado até abril.

Contrato - Em 2003, a administração das lombadas eletrônicas de Campo Grande passou do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) para a Perkons, que venceu a licitação. Na ocasião, o contrato de R$ 17 milhões era válido por quatro anos e foi sendo prorrogado.

A Perkons venceu, em dezembro de 2010, uma nova licitação que tinha validade até 5 de dezembro de 2016. Esta teve quatro termos aditivos e durante a gestão de Alcides Bernal (PP) levou ao desligamentos dos radares por falta de pagamento de R$ 2,2 milhões. Com o débito pago a administração lançou nova licitação, suspensa dias depois. Novas tentativas ocorreram no ano passado, porém desde o serviço de fiscalização fixo continua inoperante.

Sistemas instalados no Parque dos Poderes e em rodovias no entorno da Capital, conforme a Perkons, tem mantida sua operação por tratar-se de contrato com o Detran.

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