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Capital

Depois do fim de ano, procura por testes de covid dobra na Capital

Registros indicam que houve aumento nos diagnósticos da doença; dados podem sofrer mudanças

Guilherme Correia | 03/01/2022 12:23
Centro de testagem da covid na UCDB. (Foto: Marcos Maluf)
Centro de testagem da covid na UCDB. (Foto: Marcos Maluf)

Passado o período festivo de Natal e Ano-Novo, a demanda por testes de covid-19 em Campo Grande, ao menos na rede pública, quase dobrou, de acordo com dados consultados pela reportagem.

Apenas o centro de testagem instalado em prédio da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), no Centro da cidade, em frente à Praça do Rádio, tinha cerca de 150 a 200 coletas por dia, do teste de antígeno.

Nas últimas semanas, conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), o índice diário chegou a 300 diagnósticos a cada 24 horas. Este local fica aberto diariamente das 7h30 às 17h30 e não precisa de agendamento.

Centro de testagem da covid-19 fica na Rua Barão do Rio Branco e não precisa de agendamento. (Foto: Marcos Maluf)
Centro de testagem da covid-19 fica na Rua Barão do Rio Branco e não precisa de agendamento. (Foto: Marcos Maluf)

Conforme a Sesau, os testes estão disponíveis em todas as 72 unidades de saúde da Capital e são ofertados aos indivíduos que possuam alguma suspeita de estarem infectados com o coronavírus - seja por apresentar sintomas respiratórios ou por ter tido contato com pacientes confirmados para a doença.

O enfermeiro Paulo Franco, de 29 anos, explica que cada paciente com suspeita da covid deve realizar um teste para detecção do coronavírus, oferecido gratuitamente por meio do SUS (Sistema Único de Saúde) ou vendido e aplicado em laboratórios particulares.

Por lei, tais registros são públicos à população e podem ser consultados - com detalhes pessoais e sigilosos ocultados - por meio dos bancos de dados das secretarias de Saúde, além do próprio Ministério.

Levantamento feito pela reportagem com base nos registros publicados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) verificou que em agosto de 2020, havia quase 1,5 mil exames sendo feitos por dia na cidade - considerando exames de RT-PCR, antígeno e outros.

Este índice teve uma série de variações ao longo do tempo e chegou a beirar os 220 diagnósticos diários em setembro deste ano. A média, desde então, teve um pequeno aumento e, conforme atualização mais recente, há aproximadamente 569 exames a cada dia - pouco mais que o dobro.

Vale lembrar que em dezembro, houve período com defasagem de dados, a partir de ataque hacker do Ministério da Saúde, o que pode indicar uma realidade distinta.

Também pelo SUS, testes são realizados em unidades de saúde. (Foto: Marcos Maluf)
Também pelo SUS, testes são realizados em unidades de saúde. (Foto: Marcos Maluf)

Tipos de teste - Atualmente, os principais exames realizados no País são o RT-PCR e o de antígeno, ambos que coletam a secreção nasal do paciente. Ainda que semelhantes fisicamente, o primeiro demora mais tempo para ficar pronto, mas tem uma taxa de acerto beirando os 100% e traz informações relevantes sobre tipo de variante que acometeu o indivíduo.

As coletas são analisadas no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) de Mato Grosso do Sul, na Vila Ipiranga, em Campo Grande, e, passados alguns dias, o resultado fica pronto.

Segundo o enfermeiro Paulo Franco, estes exames são mais demorados, mas têm papel fundamental para os estudos epidemiológicos. “Eles demoram alguns dias para ficar pronto, mas é bem importante, porque com ele é possível ver qual cepa está em circulação. É importante pela questão epidemiológica, não apenas pelo número de dados”.

O segundo tipo de teste, o de antígeno, indica apenas se houve a confirmação ou não, com índice de eficácia reduzido, mas fica pronto em apenas 15 minutos. Atualmente, um dos principais pontos de diagnóstico que utiliza esta metodologia é o da UCDB.

"É muito importante que seja feito, em grande quantidade, para disponibilizar mais testes para as pessoas e é um resultado que sai na hora. Se o paciente tem o vírus, ele descobre no dia, pode se isolar e começar a se cuidar, até para não infectar outras pessoas”, explica.

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