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Capital

Deputada rebate e diz ter vídeo que comprova presença de Bispo em reunião

Luana Rodrigues e Leonardo Rocha | 15/10/2015 11:14

A deputada Mara Caseiro (PT do B) disse na manhã desta quinta-feira(15), que possui um vídeo que comprova a presença do bispo de Dourados, Dom Redovino Rizzardo, em uma reunião onde foi dito que "a carne e soja de Mato Grosso do Sul são produzidas com sangue indígena". O encontro teria ocorrido no dia 8 de outubro, e hoje o Bispo divulgou uma carta, em que acusa a deputada de calúnia contra ele, já Mara teria afirmado que foi o sacerdote quem disse a frase.

Mara não reconheceu que errou ao dizer que o Bispo é quem disse a frase. Ela afirmou apenas, que possui um vídeo da reunião em Dourados, em que uma pessoa, ainda não identificada, defende boicote a soja e a carne de Mato Grosso do Sul e depois uma mulher usa a palavra e diz que a soja e carne do Estado são produzidas com sangue indígena. "A fala faltou com respeito aos produtores. Essa pessoa, acredito, que nem consegue produzir a batata que ela come. Estamos tentando identificá-la para que ela responda em juízo",diz a deputada.

Ainda conforme a parlamentar, como a afirmação ocorreu na casa do Bispo, ele deveria ter se manifestado contrário. "Essa questão é econômica e financeira e não há sangue indígena na produção do Estado. Se fosse eu, iria intervir na situação e dizer que discordava dessa afirmação, pois o Estado produz grãos e carne com suor a até sangue do produtor e não e não de indígena. Ele nada falou, e quem cala, consente".

A deputada disse ainda que tem muita consideração por Dom Redovino, e já o homenageou na Assembleia, mas que o Bispo não poderia aceitar essas declarações na casa dele. Em outra afirmação, Mara voltou a acusar o CIMI(Conselho Indigenista Missionário) de colaborar com invasões de terras.

"A igreja vive de quem trabalha, inclusive, eu sou da igreja católica e Gracas a Deus nesse conflito até hoje nenhum criança indígena foi morta. O CIMI poderia ter causado essa tragédia, já que orienta nas invasões para que se coloque as crianças e mulheres na frente, em uma ação treinada. Acredito que os integrantes da igreja católica devem sempre buscar a paz e não o contrário", reforçou a deputada.

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