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Capital

Desde o início do ano, falta remédio contra convulsão na rede pública da Capital

Sesau afirmou que fornecedor está em vias de enviar lote da medicação

Cassia Modena | 10/08/2023 08:53
Último frasco que dona de casa tinha em casa acabou (Foto: Direto das Ruas)
Último frasco que dona de casa tinha em casa acabou (Foto: Direto das Ruas)

Segue em falta na rede pública de Campo Grande o medicamento Valproato de Sódio, indicado para prevenir convulsões. O desabastecimento persiste desde o início do ano.

Mãe de uma menina de 9 anos, a dona de casa Thais Alves Lopes reclama que terá que comprá-lo este mês. "Ainda tinha alguns frascos e deu para usar nos últimos meses. Agora, não temos mais nenhum e não consegui retirar em nenhum local", conta.

A filha tem uma doença rara e autismo. Depende do medicamento para não ter espasmos e poder ir à escola com tranquilidade. "Ela usa desde os quatro anos, quando começou a ter as crises. Pela primeira vez, terei que comprar", relata a mãe.

Desabastecimento - Em 12 de julho, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que o Valproato de Sódio estava em falta devido à indisponibilidade de matéria-prima no mercado e que desabastecimento afeta o SUS (Sistema Único de Saúde) em todo o Brasil.

"Estamos em contato com os fornecedores para ver uma alternativa, com o objetivo de assegurar que o fornecimento seja regularizado o mais breve possível", disse em nota a pasta à época.

Paciente saindo de unidade com receita (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)
Paciente saindo de unidade com receita (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

Questionada novamente nesta quinta-feira (10), a Sesau informou que houve avanço. "A medicação está em fase final de aquisição, aguardando somente a emissão da nota de empenho para que a empresa fornecedora possa encaminhar o lote à Secretaria de Saúde e, assim, a situação será normalizada.

Ainda em julho, a pasta argumentou que a maioria dos fármacos básicos, os quais são de sua responsabilidade comprar e distribuir, podem ser acessados pelos usuários do SUS da Capital. Até o dia 7 daquele mês, eram 29 os que faltavam. Os faltantes fazem parte de uma lista de 257 remédios, no total, que toda unidade da rede básica de saúde precisa receber da Sesau.

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