Dia de Finados deve levar 40 mil ao Santo Antônio para homenagens
Marcado por homenagens e saudade, o Dia de Finados leva, todos os anos, milhares de pessoas aos cemitérios em todo País. Em Campo Grande, só no Santo Antônio, a expectativa é de que mais de 40 mil passem pelo local para fazer orações e prestar homenagens às cerca de 60 mil pessoas enterradas lá, segundo seu administrador, Guilherme Taíra, de 30 anos.
O casal Francisco Samúdio, 77 anos, e Ramona Lugo Samúdio, 78, tem o hábito de visitar o jazigo da família onde estão o filho deles e os pais da dona Ramona. Miguel, filho do casal, faleceu há nove anos, aos 45, vítima de asfixia. "Eu venho aqui pelo menos uma vez por semana para organizar o túmulo", conta Ramona, que prefere visitar o local às segundas-feiras.
Fé - Para o casal, que é católico, a importância das visitas está ligada à crença deles. "A carne vai, mas o espírito fica. Então, fazer essa visita é uma forma de mostrar o carinho que temos por esses familiares", compartilha Francisco. No jazigo da família existe uma cruz para cada pessoa enterrada. Além disso, há uma imagem de São Miguel Arcanjo, santo que, para o casal, protege a família deles.
A funcionária pública Alvarina Cardoso, 64 anos, foi até o Santo Antônio com a mãe, Laura Nogueira, 88 anos, para visitar o túmulo onde está enterrada a irmã de Alvina, que faleceu há mais de 60 anos vítima de meningite.
Alvarina é espírita e faz visitas como forma de manter vivas as lembranças da irmã que faleceu quando tinha somente três anos de idade. "A homenagem para minha irmã não é só nas visitas ao cemitério, mas também nas orações que fazemos por ela durante a semana", conta Alvarina.
Segundo a funcionária pública, apesar de não ter grandes lembranças da irmã devido a idade que tinha quando ela faleceu, ela sempre acompanha a mãe nas homenagens no cemitério, nas orações e no cuidado do túmulo.
De acordo com Guilherme Taíra, fiscais da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) estão no local prestando auxílio, assim como funcionários do cemitério, que estão cuidando da segurança no local.