Diagnóstico da saúde mostra que falta de médicos é mais crônica à tarde
Conseguir atendimento em posto de saúde nem sempre é fácil, tampouco rápido. Na rede municipal, a empreitada depende de fatores como a região da cidade e o horário. Levantamento prévio durante os primeiros 20 dias da atual gestão aponta deficiência no quadro de médicos no período vespertino.
"Nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento 24h) existem falhas de plantonistas e vamos ter que chamar mais médicos", adiantou o secretário de saúde Marcelo Vilela, na manhã deste domingo (22). "As falhas geralmente são nos dias de semana, em todos os plantões, principalmente à tarde", complementou, lembrando que as equipes noturnas geralmente estão completas.
Questionado sobre o número de médicos que o município precisaria contratar para suprir o déficit nas unidades, o secretário não entrou em detalhes, mas disse que por enquanto uma reordenação nas escalas deve ajudar. "A gente vai ter que reequilibrar a quantidade de médicos nas unidades, porque tem centro de saúde com muito plantonista e às vezes poucas salas. Tem gente que prefere trabalhar só naquele lugar, mas temos que equilibrar isso", explicou.
Ao Campo Grande News, Vilela disse também existir uma quantidade insuficiente de médicos pediatras. Porém, segundo ele, para atrair novos profissionais, o Município precisa oferecer boas condições de trabalho e, por que não, salários mais atrativos.
Outro ponto sensível é a falta de medicamentos nos postos de saúde, conforme noticiado anteriormente. "Até o fim do mês os remédios devem chegar às unidades", reiterou o secretário, que teve dificuldades na compra de 320 itens levantados junto a fornecedores que cobram dívidas deixadas pela gestão anterior e que estão sendo auditadas.
Ao término da entrevista, Vilela acompanhou o prefeito Marquinhos Trad em visita surpresa ao setor de pré-ortopedia e corredores do pronto-socorro da Santa Casa de Campo Grande.