Marquinhos volta à Santa Casa e encontra corredores menos cheios
Saúde programa visitar diárias a hospitais para fazer diagnóstico de vagas e distribuição de pacientes pelas unidades da rede
Uma semana depois da primeira visita surpresa à Santa Casa, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) voltou ao hospital e encontrou realidade diferente da qual se deparou na semana passada. Os corredores do pronto-socorro estavam menos cheios e na pré-ortopedia havia 12 pacientes, mas todos já com encaminhamento para cirurgia.
No domingo passado (15), o chefe do Executivo municipal foi à Santa Casa e encontrou os corredores do hospital lotados. Médicos que conversaram com ele reclamaram da sobrecarga, principalmente por conta do envio de pacientes com traumas menos graves para o hospital, quando na verdade o Hospital Universitário deveria recebê-los.
No mesmo dia, o prefeito esteve no HU e não encontrou os dois médicos escalados para dar plantão na ortopedia, além de salas vazias. O hospital abriu sindicância para apurar a situação.
Durante a semana, a direção das duas instituições se reuniu com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) e o HU se comprometeu a receber mais pacientes com necessidade de cirurgias ortopédicas, ao menos cinco por dia.
Marquinhos conta que na semana passada encontrou 30 pacientes na pré-ortopedia da Santa Casa esperando por cirurgia e que hoje era 12, todos com cirurgia marcada. “Hoje está tudo diferente, você já vê os corredores menos lotados, parece que está havendo mais eficiência”.
Visitas diárias – O secretário municipal de saúde, Marcelo Vilela acompanhou o prefeito e afirma que a regulação de vagas, mais uma vez, passará por reestruturação, mas antes disso, um diagnóstico dos leitos hospitalares será providenciado.
“Nós vamos visitar diariamente todos os hospitais que atendem SUS para termos um mapa destas vagas e de como estão sendo usadas”, afirmou.
Apesar do cenário melhor na Santa Casa, o secretário afirma que ainda há necessidade de distribuir melhor os pacientes na rede. “Hoje a gente vê muitos casos aqui de média complexidade, pessoas que poderiam ser atendidas em outros locais”.