Hospital Universitário vai atender pacientes para desafogar Santa Casa
Unidade terá que receber cinco pacientes por dia de casos mais simples no setor de ortopedia
O HU (Hospital Universitário) se comprometeu a receber ao menos cinco pacientes por dia no setor de ortopedia, para desafogar a Santa Casa. O acordo foi feito na manhã desta terça-feira (17) e envolve casos de baixa e média complexidade. A unidade terá que receber cinco pacientes por dia da Santa Casa ou que iriam para o maior hospital do Estado.
Segundo o diretor técnico da Santa Casa, José Roberto de Souza, a unidade tem entre 30 e 40 pessoas na fila para a realização de cirurgia ortopédicas. "Dessa média, 50% estão aptos para serem transferidos para o HU. Não tem como mandar todo mundo hoje porque tem um limite de 5 por dia", ressaltou.
Os atendimento no HU começam nesta tarde e de acordo com a Santa Casa ainda não tem como saber se o ato vai resolver o problema de lotação. "Vai ajudar, como é um número dinâmico a gente não tem ainda uma noção se vai revolver o nosso problema".
O chefe da ortopedia do HU, Roberto Antoniolli, ressaltou que a unidade vai atender os casos mais graves e disse que a intenção é aumentar o número de atendimentos. "A princípio 5, podendo aumentar essa demanda. São pacientes que não usam muitos materiais complexos. Os hospitais têm dificuldade de comprar material", afirmou.
No inicio a unidade vai receber os pacientes da Santa Casa que estão na fila de espera, mas a regulação será feita por parte da Prefeitura de Campo Grande. "Estávamos tentando entrar no acordo com a Santa Casa para a base ser eles e assim vamos desafogar. A Prefeitura vai determinar onde vai mandar os pacientes".
Contrato - De acordo com a superintendente da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), empresa que administra o HU, em Mato Grosso do Sul, Andréia Antoniolli, disse que no primeiro momento não será feito um aditivo no contrato com a Prefeitura de Campo Grande.
"Nós ficamos 10 anos com o contrato defasado e ano passado conseguimos aumentar de R$ 1,8 milhão para R$ 3,6 milhões. Se a gente for implantar o TOM (Trauma Ortopédico de Média Complexidade), aí a gente vai sentar para negociar um aditivo no contrato", declarou.
Prefeitura - O chefe da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Marcelo Vilela, disse que a reunião serviu para que ambas unidades trabalhem juntas. "Estamos batendo na tecla de quando a gente organiza, o serviço começa a funcionar harmonicamente".
O secretário disse ainda que o Executivo Municipal está melhorando a regulação e pretende trabalhar em conjunto com a equipe do Estado. "Nisso vamos identificar as deficiências de leitos e de vagas. Além de organizar o fluxo de pacientes", afirmou.