“Difícil falar dele no passado”: filha que perdeu pai em acidente cobra justiça

“Eu só queria entender porque a justiça não foi feita no dia do acidente e nem está sendo feito agora”. O questionamento é de Glaycielle Cabral da Silva, de 28 anos, umas das filhas de Ronaldo Cabral, pedreiro de 46 anos que morreu na noite da última quarta-feira (15), na Rua Cassim Contar, no Jardim Los Angeles, em Campo Grande.

Ainda muito abalada com que aconteceu com o pai e com a madrasta, a auxiliar financeira contou ao Campo Grande News que Ronaldo havia saído de casa apenas para buscar um cachorro-quente. “Ele estava quase em casa, faltavam apenas umas quadras, ainda é difícil de acreditar. A casa da minha avó é na esquina onde aconteceu o acidente”, relatou a filha.

Glaycielle contou que testemunhas que estavam no local disseram que a condutora havia “fugido” da cena e que o marido dela já havia “limpado” tudo do carro que pudesse prejudicá-la. “Como eu não estava lá eu não posso afirmar que ela estava embriagada, mas foi o que todo mundo disse. E se não estivesse, porque fugiria?”, questionou.

A filha ainda ressaltou que os cartões, dinheiro e celulares que estavam com as vítimas na hora do acidente foram furtados antes da chegada da polícia. “Foi um momento muito difícil, pois meu pai era a alegria de casa, um filho muito carinhoso, pai, avô extremamente amoroso e presente. Difícil ter que falar dele no passado”.

O caso - Ronaldo Cabral Silva, 46 anos, morreu na noite de quarta-feira (15), após ser atingido por um carro Fiat Siena, que era dirigido por uma mulher. A colisão aconteceu na Rua Cassim Contar, no Jardim Los Angeles, em Campo Grande. A esposa da vítima, que estava na garupa da moto, sofreu alguns ferimentos e foi socorrida.

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