Direção assume prometendo pente-fino sobre deficiências do Hospital Regional
Primeiro ato dos novos gestores, que tomaram posse nesta tarde, é buscar números que indiquem os problemas da unidade para aplicar solução em curto espaço de tempo
O novo corpo diretor do Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, assumiu na tarde desta quarta-feira (9) anunciando um levantamento sobre o patrimônio existente e as demandas do maior hospital da SES (Secretaria de Estado de Saúde). O titular da pasta, Geraldo Resende, admitiu que o HR é um dos principais gargalos da saúde estadual que precisa ser solucionado “em um curto espaço de tempo”. Considerada de alto custo, a unidade tem orçamento próximo a R$ 400 milhões por ano.
Assumiram os cargos em solenidade no HR o diretor-presidente, Márcio Eduardo de Souza Pereira; o diretor-técnico, Fernando Odoni; e o diretor-financeiro, Edson da Mata. O trio foi indicado após consultas a entidades como o CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul), Associação Médica e servidores. O novo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também foi ouvido a respeito das escolhas. “Eles foram aprovados como a melhor solução”, disse Geraldo.
Pereira, cirurgião gastroenterologista que há 17 anos trabalha no Regional, disse assumir o posto “com muita alegria”, mesmo diante da visão de muitos de que o HR acumula problemas como falta de material básico para procedimentos e escala exaustiva de plantões na enfermagem.
Ele anunciou o início imediato de um levantamento sobre as carências do hospital, “pois precisamos desses números para saber justamente como resolver as situações e qual o melhor modo de agir”.
O novo diretor-presidente afirmou, ainda, que pelo tempo de casa já sofreu com os problemas relatados por pacientes e servidores. “Por isso, nada mais justo do que alguém de dentro do hospital assumir essa função, porque entende perfeitamente o que se passa”. Pereira declarou, ainda, o apontamento sobre soluções deve abranger o máximo de áreas possível.
“Não adianta resolver um setor por considerá-lo o ponto mais crítico e deixar outros como problemáticos”, destacou o diretor, destacando ter como meta atender tais demandas e melhorar o atendimento “com um custo baixo para o Estado”.
Carta branca – Titular da Saúde desde 1º de janeiro, Geraldo Resende destacou que a transição na gestão do HR foi viabilizada “a partir do momento que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) delegou carta branca para que fizéssemos as modificações necessárias”.
O secretário reconheceu que o Regional é, hoje, palco “de alguns dos principais problemas que precisam ser revertidos”, apontando como exemplo as queixas de pacientes e servidores sobre os serviços e condições de trabalho, “que precisam ser solucionadas o mais rapidamente possível, em um curto espaço de tempo”. Ele também destacou aguardar o levantamento feito pelos novos diretores sobre as debilidades a serem sanadas a fim de fundamentar as medidas.