Dois viram réus por morte em conveniência no Guanandi
Crime aconteceu porque vítima teria perdido uma carga de aproximadamente 435 quilos de cocaína
Os suspeitos Christian de Queiroz Oliveira, 29 anos, e Douglas Lima de Oliveira Santander, 34, se tornaram réus pela morte de Cristian Alcides Ramires, 37, conhecido como “Galo”. O crime aconteceu no dia 21 de outubro deste ano em uma conveniência no Bairro Guanandi em Campo Grande.
Denúncia pelo crime foi oferecida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul no dia 7 de novembro e aceita no dia seguinte. No documento, o promotor de Justiça, José Arturo Iunes Bobadilla Garcia, destaca que a autoria é inconteste, já que ambos os envolvidos confessaram o crime e que a materialidade é comprovada pelo auto de prisão em flagrante, boletim de ocorrência e laudo necroscópico.
A dupla foi presa dois dias depois do crime por equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) junto com o GOI (Grupo de Operações e investigações).
Em depoimento à polícia, Douglas contou que conhecia “Galo” e que sabia que o rapaz era envolvido com tráfico de drogas. Ele afirmou ainda que Cristina intermediava fretes de entorpecentes e que há pouco tempo teria perdido uma carga com cerca de 435 quilos de cocaína, que foi apreendida.
Depois disso, ele foi procurado por um amigo, que conhece apenas como Júnior e é morador de Pedro Juan Caballero (PY), pedindo ajuda para arrumar um carro e que Douglas se encontrasse com Cristina para avisar que iriam pegá-lo, mas não sabia o motivo da ameaça.
Ainda no relato, o acusado diz que no dia 19 de outubro entrou em contato com Júnior para dizer que tinha comprado um Fiat Argo vermelho e no dia seguinte deixou o carro para instalar insulfilme. O veículo então foi retirado do local por um outro rapaz, que ele não soube dizer quem era.
Na sexta-feira, dia 21, Douglas estava na conveniência com a vítima e recebeu a ligação do mandante perguntando se ele estava perto de Christian. Ele então avisou as roupas que o rapaz usava e momentos depois ele foi morto por Christian, pistoleiro contratado para o crime.
Christian é morador do Rio de Janeiro e foi contratado por telefone para matar "Galo". Ele foi preso enquanto aguardava voo para ir embora de Campo Grande. Ele confessou o crime e disse que receberia R$ 4 mil para assassinar Christian.