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Capital

Domingo foi dia de sepultar mais 2 vítimas do trânsito, que já matou 56 este ano

Dois motociclistas, de 36 e 54 anos, morreram em acidente ontem, em Campo Grande

Cristiano Arruda | 12/09/2021 15:19
Velório de Cícero reuniu cerca de 40 pessoas e ninguém quis falar com à reportagem. (Foto: Kísie Ainoã).
Velório de Cícero reuniu cerca de 40 pessoas e ninguém quis falar com à reportagem. (Foto: Kísie Ainoã).

Vítimas do que há muito se tornou epidemia em Campo Grande, dois motociclistas mortos no trânsito foram sepultados neste domingo (12), em Campo Grande. Aos 36 e 54 anos, ambos não resistiram a dois acidentes fatais em avenidas movimentadas da cidade ontem (11).

A dor no rosto de amigos e parentes, mostra o quanto o trânsito tem provocado drama em famílias, dia a dia.  Depois de uma trégua em 2020, e 39 mortes durante a vigência do toque de recolher por conta da pandemia, este ano, já são 56 óbitos.

As duas vítimas de ontem, morreram em pontos distintos da cidade, na Avenida Cônsul Assaf Trad, região do Nova Lima, e na Avenida Eça de Queiroz, no Bairro Cabreúva.

Citroen C3 que atingiu Cícero durante um conversão irregular. (Foto: Henrique Kawaminami)
Citroen C3 que atingiu Cícero durante um conversão irregular. (Foto: Henrique Kawaminami)

No velório do mecânico Cícero Bispo Júnior, de 36 anos, que morreu à caminho do trabalho, a família estava muito abalada e não quis falar com a imprensa. Ontem, as cenas da mãe, Márcia, jogada no chão, desesperada ao ver o filho morto, comoveram a cidade.

Ele trafegava no prolongamento da Coronel Antonino, que segue paralelamente a Avenida Cônsul Assaf Trad e foi atingido por um Citroen C3, dirigido por um bombeiro, que vinha no sentido oposto, e fez uma conversão irregular para entrar na Rua Guilherme de Almeida. Cícero morreu na hora.

O corpo do mecânico chegou por volta das 11h40 da manhã deste domingo para velório. No local, todos ainda estavam sem acreditar no ocorrido.

O filho de Cícero, de 6 anos, estava a todo momento ao lado do caixão do pai. A mãe, continua inconsolável e gritava algumas vezes: " Meu filho, meu filho, por quê?". Ela precisou ser amparada por uma amiga de família que estava no local.

Família de Maurinei não quis dar detalhes do acidente e proibiu a equipe de entrar no velório. (Foto: Kísie Ainoã)
Família de Maurinei não quis dar detalhes do acidente e proibiu a equipe de entrar no velório. (Foto: Kísie Ainoã)


Outro velório que aconteceu também na manhã de hoje, foi do motociclista Maurinei Vargas, de 54 anos. Ontem, ele bateu em um poste, no canteiro central da Avenida Eça de Queiroz, no Bairro Cabreúva.

Contestando a primeira versão dada pela polícia, de que o pai não estava usando capacete, a filha Mauriana Vargas contou à reportagem que o equipamento de segurança estourou com a queda

A família acredita na possibilidade de que alguém tenha batido no motociclista e fugido do local. Uma testemunha contou que só ouviu um barulho estranho e encontrou o homem morto ao lado do canteiro da avenida.

Ainda segundo a filha, "quem fez isso vai pagar caro". Segundo ela, a família já estás atrás das câmeras de segurança, junto com a polícia, na região onde aconteceu o acidente.

Murinei bateu moto em poste no canteiro central da Avenida Eça de Queiroz, no Bairro Cabreúva. (Foto: Hnerique Kawaminami)
Murinei bateu moto em poste no canteiro central da Avenida Eça de Queiroz, no Bairro Cabreúva. (Foto: Hnerique Kawaminami)


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