"Apontou arma na minha cabeça", diz vigilante que teve Jeep roubado
Duas horas depois de roubo, um dos suspeitos acabou morto ao atirar contra policiais
"Em 20 anos de profissão, nunca passei por isso. Ele apontou a arma na minha cabeça", disse ainda assustado o vigilante que teve um Jeep Renegade roubado durante a madrugada desta quinta-feira (23), em Campo Grande. O caso terminou em perseguição e o suspeito morto ao reagir atirando contra policiais militares do Batalhão de Choque.
Aires Alves, de 50 anos, contou que estava trabalhando como vigilante e, no início da madrugada, foi até o carro descansar as pernas. "Deixei uma frestinha da janela aberta e logo que sentei no carro, duas pessoas apareceram", conta. "Pela fresta, um deles colocou a arma na minha cabeça", lembra a vítima.
"Desce e não olha para trás", disseram os criminosos. Na sequência, a vítima saiu do carro. "Só uso cassetete, então não reagi. Depois, só olhei para trás e vi o rumo que estavam indo". A dupla fugiu pela Rua André Pace, sentido ao Bairro Guanandi. Foi quando a vítima acionou a polícia.
Depois, o amigo que mora com a vítima acabou publicando sobre o roubo do Jeep nas redes sociais, para que obtivesse informações, mas acabou sendo vítima de tentativa de golpe. "Ligaram dizendo que estavam com o carro e queriam R$ 8 mil", comentou Aires.
Troca de tiros - A Polícia Militar já havia sido comunicada sobre o roubo e, enquanto fazia rondas pelo Bairro Portal Caiobá, avistou o Jeep e deu ordem de parada. Contudo, o condutor fugiu em alta velocidade e, na Rua Hera, perdeu o controle da direção e invadiu terreno baldio.
Os policiais ordenaram que o suspeito mantivesse as mãos visíveis, mas Henrique, segundo a nota do Batalhão de Choque, desobedeceu à determinação e disparou. Os policiais revidaram e o acertaram no tórax. Henrique foi socorrido pelos próprios policiais e levado ao Hospital Regional, onde não resistiu e morreu.
Com o suspeito foi encontrado um revólver e dois pinos de cocaína. Não há informações sobre o outro comparsa de Henrique, que participou do roubo do Jeep Renegade.
A reportagem apurou que Henrique tem ficha criminal por tráfico de drogas e tentativa de furto desde quando era menor de idade. Além disso, conforme nota enviada pelo Batalhão de Choque, o rapaz ainda tem passagens por quatro roubos, receptação, furto, lesão corporal e violência doméstica.
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