Em 10 meses, Polícia não descobre quantia em dinheiro movimentada pelo PCC
Em dez meses de investigação sobre facções criminosas, a Polícia não conseguiu saber o montante em dinheiro adquirido pelo grupo neste período, com os crimes de tráfico de drogas, roubos e homicídios, que fomentam o PCC (Primeiro Comando da Capital). Segundo o delegado João Eduardo Davanço, uma investigação em paralelo ocorrerá para descobrir estes detalhes, após as prisões realizadas nesta quinta-feira (15).
“Nós ainda não temos esta informação, pois estamos focados nos crimes praticados por integrantes dessas facções criminosas. É uma investigação subsequente a que está sendo realizada hoje, inclusive com a apreensão de inúmeros documentos e movimentações bancárias que serão checadas”, afirma o delegado.
Ao todo, durante a operação “Pacto contra o Crime”, a intenção é cumprir 99 mandados, sendo 85 de prisão e 14 de busca e apreensão. Os policiais ainda utilizam o helicóptero da instituição para ajudar nas buscas, sendo, conforme um dos investigadores, realizados em bairros próximos ao Estabelecimento Penal de Segurança Máxima da Capital.
Líderes - Ainda conforme o delegado, na Máxima, localizada no Jardim Noroeste, 15 “chefões” do PCC responderão a um novo indiciamento. Os líderes são responsáveis por coordenar crimes cometidos nos últimos meses e que geraram bastante repercussão e comoção na população, como seqüestros, relâmpagos e roubos que terminaram em morte.
O crime de associação para organização criminosa prevê pena de três a oito anos de prisão. Além de Campo Grande, a operação também acontece em Dourados, Três Lagoas, Mundo Novo, Corumbá e Dois Irmãos do Buriti.