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Capital

Em apenas 2 minutos, 7 PMs chegaram ao local em que delegado parou carro à bala

Vídeo será entregue à polícia e deve ajudar a entender o que aconteceu na ocorrência

Clayton Neves | 17/02/2022 15:14


Câmeras de segurança registraram a movimentação na Avenida Mato Grosso momentos depois de o delegado-geral Adriano Garcia abrir fogo atingindo os pneus do automóvel de uma artesã. O caso ocorreu na noite de ontem (16). No vídeo, é possível notar que, em dois minutos, sete policiais chegam ao local para atender a ocorrência que envolvia o chefe da Polícia Civil.

Nas imagens, feitas por duas câmeras, o delegado aparece fechando a motorista do Renault Kwid, manobra que obrigou a jovem a entrar no estacionamento de uma escola de inglês, também na Mato Grosso.

Na sequência, Adriano Garcia deixa o veículo atravessado na rua, desce do carro e vai em direção à artesã. Ele parece segurar uma arma na mão e não é possível notar na viatura nenhum sinal que indicasse que o veículo tratava-se de um carro da polícia. Na delegacia, ele chegou a dizer que se identificou como policial através dos sinais luminosos e sonoros do automóvel.

Fora do carro, o chefe da Polícia Civil se aproxima e bate na janela do Kwid, no entanto, a jovem se recusa a sair. Adriano fala no celular e, somente dois minutos depois, uma equipe da Polícia Militar aparece com cinco policiais. Segundos depois, outros dois PMs também surgem no local.

Mesmo com a  presença da Polícia Militar, a artesã se recusou a descer do veículo e só saiu cerca de meia hora depois. Ela afirmou que teve medo e se sentiu ameaçada com a situação.

O vídeo será entregue à polícia e deve ajudar a entender o que aconteceu na ocorrência.

Diferentes versões - Em sua versão, o delegado disse que estava em um veículo oficial descaracterizado, transitando pela Avenida Mato Grosso, sentido Via Park, quando foi "fechado" pela jovem que estava em um Renault Kwid. Ele alega que ela fugiu em alta velocidade, com manobras perigosas e só parou após disparos no pneu.

No entanto, a artesã afirma que não houve qualquer imprudência cometida por ela no trânsito. A jovem alega que afogou o carro e Adriano, que estava atrás, começou a buzinar. Ela mostrou o dedo do meio ao policial e isso teria irritado o agente, que a perseguiu e atirou nos pneus para que ela parasse.

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