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Capital

Em casa para amamentar filha, "Madrinha do PCC" vira ré por roubo de caminhão

Marcia Paschoala Espírito Santo, segundo investigação é da mesma quadrilha de assaltante morto

Marta Ferreira | 24/05/2021 18:13
"Madrinha do PCC", apontada como responsável por organizar roubo de caminhão, está em prisão domiciliar. (Foto: Reprodução de processo)
"Madrinha do PCC", apontada como responsável por organizar roubo de caminhão, está em prisão domiciliar. (Foto: Reprodução de processo)

Dois homens e uma mulher, ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), passaram hoje a ser réus por roubo majorado, em consequência de crime cometido no dia 9 de maio deste ano, quando fizeram caminhoneiro refém para levar veículo avaliado em R$ 135 mil.

São eles Marcia Paschoala Espírito Santo, 44 anos, a “Madrinha do PCC”, o primo dela Gemerson Matheus, de 26 anos, presos em Campo Grande, e Edelson Padilha Conceição, 36 anos, o responsável por levar o caminhão roubado para a fronteira com a Bolívia. Ele foi pego em Miranda.

Todos foram capturados no mesmo dia, mas a mulher não está mais na cadeia. Foi concedida a prisão domiciliar, com monitoramento por tornozeleira eletrônica, em razão de ela estar amamentando a filha de dois anos.

Os homens estão no presídio fechado da Gameleira I, a “Supermáxima”.

O inquérito foi relatado na semana passada pela Polícia Civil, a denúncia foi apresentada na sequência e hoje foi acatada pela Justiça. Foi dado prazo de 10 dias para a defesa prévia dos acusados.

 Um morreu - Outras pessoas participaram do crime, segundo a investigação policial, mas ainda não haviam sido identicadas. Pelo menos mais uma mulher e um homem eram procurados.

Entre eles, apurou o Campo Grande News, estava Guilherme Souza Camargo, de 28 anos, morto em confronto com equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar, junto com outro homem, Gustavo Silva dos Santos, de 23 anos, que também morreu. Ambos, segundo a polícia informou, estavam cometendo assalto quando foram flagrados e reagiram, provocando o revide.

Todos, segundo levantamento policial, agiam sob ordens da mulher. A ela é atribuído o papel de organizar as tarefas dos criminosos e cuidar inclusive da contratação dos bandidos

A reportagem apurou que Márcia era o elo entre líderes da facção paulista presos em unidades prisionais de Mato Grosso do Sul com os faccionados nas ruas.

A ordem para os roubos vinha do presídio e a quadrinha executava

O caso foi investigados pela Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos).

Pelo menos mais um roubo, que vitimou avó e neto, para levar uma camionete, é obra do grupo.

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