Em despedida lotada, Therezinha Trad é lembrada pelo jeito leve de levar a vida
Familiares e amigos lotaram o Cemitério Parque das Primaveras para dar o último adeus à matriarca
Familiares, amigos e admiradores lotaram o Cemitério Parque das Primaveras na tarde desta quinta-feira (23) para se despedir da professora e matriarca da família Trad, Therezinha Mandetta Trad, que faleceu na noite de ontem (22) aos 86 anos, vítima de aneurisma cerebral.
Viúva do ex-deputado Nelson Trad, Therezinha é lembrada por todos pela alegria em viver a vida e pelo jeito acolhedor e solidário com as pessoas que a cercavam. A ex-professora sempre esteve no meio da vida pública, sendo mãe do senador Nelsinho Trad, do ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, do ex-deputado federal Fábio Trad, todos do PSD, bem como de Maria Tereza e Fátima.
“Sempre foi uma pessoa muito plena e empática com todo mundo que procurava ela, muito acolhedora. Essa força que ela tinha vou carregar comigo para o resto da vida, estaremos juntas pra sempre”, ressaltou Fátima Trad, filha mais velha de Thereza.
Fã das festas de Carnaval, a matriarca participou da última folia na casa do filho Fábio Trad na última terça-feira (21). Alegre como de costume, Thereza distribuiu picolé para os netos e admirou um arco-íris, que ela sempre chamava de “vovô Ziza”, em referencia a sua mãe.
“Na terça fizemos um carnaval na minha casa e ela chegou com um saco de picolé para as netas. Ela chama todos os arco-íris de vovó Ziza e na terça de Carnaval ela viu um arco-íris um pouco diferente e chamou todo mundo pra tirar ver e tirar fotos”, relembra o filho Fábio.
O ex-deputado federal explica que a dor do luto se manifestará em três momentos diferentes com a ausência da mãe. “Uma dor é agora na despedida, a segunda será uma facada, pois vamos dormir e acordar sem ela. A última será a dor do dia a dia, quando passar na esquina da Arthur Jorge e ela não estar mais em casa. Deus chama as pessoas e precisamos ter fé. A fé será o remédio para aliviar nossa dor”, lamentou o parlamentar.
O trato de Thereza com pessoas “importantes” era o mesmo com os funcionários que trabalhavam para a família. Chama de “fadinha” pela matriarca, a funcionária Maria José dos Santos, 47 anos, relembra da forma carinhosa como era tratada. “Era a mãe de todo mundo, sempre pronta para ajudar. Até me chamava de fadinha de uma forma muito carinhosa. Sempre que ia viajar pedia para cuidar dos filhos e netinhos”, rememora a funcionária.
Sempre muito alto-astral, Therezinha contagiava todos ao seu redor com o jeito otimista de levar a vida. “A dona Therezinha era muito alegre e com um astral único. Amável e acolhedora, tudo para ela estava bom, seguia com a vida sem pensar nas coisas ruins”, pontua a sobrinha Lúcia Helena Mandetta, 55 anos.
“A forma de homenagear é seguir os ensinamento que ela nos deixou. Nos ensinou que para criar uma família como a nossa é com muito amor. A dor é muito grande”, resumiu o neto e vereador de Campo Grande, Otávio Trad.
Inúmeros políticos e amigos passaram pelo sepultamento da matriarca para dar o último adeus e consolar os familiares. Várias coroas de flores foram enviadas em forma de homenagem. Além dos cinco filhos: Fátima, Maria Thereza, Marquinhos (ex-prefeito), Fábio (ex-deputado) e Nelsinho (senador), Therezinha deixa também 19 netos e 10 bisnetos.