Em mais um dia de acidente, cruzamento é o "terror" de moradores
Neste domingo, motociclista morreu após ser atropelado por caminhonete no mesmo cruzamento
Após a morte do motociclista Nestor Almeida dos Santos, de 29 anos, no fim da tarde deste domingo (29), o cruzamento das avenidas Souto Maior e Dinamarca voltou a registrar acidente na manhã desta segunda-feira (30). Para moradores e comerciantes o pedido é o mesmo: um semáforo.
Nesta manhã, câmera de segurança registrou o momento em que uma motocicleta, que segue na Souto Maior, está devagar, assim como um carro trafega, aparentemente com prudência. Contudo, nenhum consegue evitar a batida. A motociclista não teve ferimentos graves, mas nem sempre é assim.
A dona de casa Marinez da Silva França, de 63 anos, perdeu as contas de quantos acidentes graves já presenciou. "Moro há mais de 40 anos aqui. Não adianta fazer nada que as pessoas acabam desrespeitando a sinalização. Todo dia tem acidente, mas principalmente fim de semana que o povo parece que bebe mais e fura o sinal", conta. "Precisamos de um semáforo, só assim o pessoal consegue respeitar", completa.
Valdecir Carlos de Araújo mora na região e tem um comércio perto do cruzamento. Ontem, só escutou o barulho da batida que vitimou Nestor. "Mas a situação é rotineira. Hoje mesmo, um pouquinho antes de vocês chegarem, teve outro acidente. O carro acertou a motoqueira ali, só que não foi grave, mas esse desrespeito é diário", comenta com a reportagem.
No local, além de sinal de parada obrigatória, há quebra-molas em ambos os lados da Souto Maior. "Mas estão gastos e o pessoal nem freia. Tem que aumentar o quebra-molas e colocar semáforo", afirma Valdecir. Ele diz que, apesar de batidas frequentes, é a primeira vez que vê morte naquele trecho.
Outro comerciante, Ernandez de Souza Oliveira, proprietário de uma padaria, reclama sobre a sinalização precária na Avenida Dinamarca. "Acidente é comum principalmente de quem vem da Dinamarca e devia parar. Se não conhece a via pensa que é preferencial porque a sinalização é precária. Quem vem pela Dinamarca acha que os carros vão reduzir a velocidade na Souto Maior por conta do quebra-molas, mas como passam direto é aí que o acidente acontece. Até ônibus circular rampa esse quebra-molas, ninguém respeita".
Atropelamento - Vídeo mostra o momento que Nestor, que conduzia uma moto Honda CG Titan, passa pela Avenida Souto Maior, derrapa e cai no asfalto, sendo atropelado pela caminhonete Chevrolet S10 em alta velocidade, que trafegava na Avenida Dinamarca.
Na sequência, outro motociclista e o passageiro também são atingidos. Esses últimos foram socorridos e levados para a Santa Casa, com suspeita de fraturas.
Nestor era fisioterapeuta, natural de Anastácio. Ele morreu no local.
O condutor da caminhonete, Edmundo Mendes da Cruz Junior, de 32 anos, afirmou que ingeriu uma latinha de cerveja naquela tarde. Contudo, teste do bafômetro apontou 0,26 mg/l de álcool no sangue, bem acima do "tolerável". Edmundo foi preso em flagrante e aguarda audiência de custódia.
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