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Capital

Em menos de um ano, fila de consultas para cirurgias gerais cresce 20%

Segundo inquéritos do MP, a demanda reprimida passou de 5.600 em abril de 2018 para 6.555 em fevereiro de 2019

Fernanda Palheta | 28/05/2019 09:23
Segundo a promotora de justiça, Filomena a falta de disponibilização de cirurgias eletivas faz com que o paciente tenha agravos (Foto: Arquivo)
Segundo a promotora de justiça, Filomena a falta de disponibilização de cirurgias eletivas faz com que o paciente tenha agravos (Foto: Arquivo)

Um menos de um ano, a demanda reprimida de consultas para cirurgias gerais na rede pública de saúde de Campo Grande aumentou 20%, o que representa cerca de mil pacientes a mais na fila de espera. Em abril de 2018, 5.600 pessoas esperavam por uma consulta. Em fevereiro deste ano, esse número passou para 6.555 pacientes. É o que aponta investigações do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Diante da fila por consultas para cirurgias gerais, 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública, que abriu inquérito para apurar irregularidades na oferta de cirurgias eletivas pelo HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) e a Santa Casa de Campo Grande. Segundo informou a promotora de justiça, Filomena Fluminhan, durante a coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (27), os dois hospitais estão pactuados para oferecer estes serviços.

“Até o fim de abril de 2018, 5.600 pacientes estavam na fila esperando por uma consulta para cirurgia eletiva, segundo nossa investigação. Instauramos porque é uma demanda significativa”, destacou promotora.

Fluminhan ainda destaca que as filas nas cirurgias gerais, que englobam urologia, ginecologia, otorrino e angiologia e não são considerados casos graves, podem sobrecarregar a rede no futuro. “Eu vou dar um exemplo bem simples, que é uma apendicite. Se a pessoa está com uma dor e tem indicação da cirurgia e faz, é um procedimento simples, mas se isso não é tratado e se transforma em uma apendicite, a pessoa vai para a urgência. Se a pessoa não faz ela vai ter agravo”, exemplifica.

Crescimento

Alvos de investigações do MPMS, a fila de espera por consultas na rede pública de saúde de Campo Grande tem 41.621 pessoas, é o que apontam inquéritos abertos pela 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública no dia 15 de maio.

A quantidade de pessoas na fila consta em planilha elaborada pela Gerência de Regulação Ambulatorial da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). A planilha elenca 25 especialidades. A fila mais longa é por consulta em cirurgia geral adulto, com 6.555 pessoas que anseiam atendimento.

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