Em surto, mãe ameaça jogar criança de 6 anos pela janela
Mãe foi socorrida pelos bombeiros e levada para uma unidade de saúde; criança está com a avó
Uma mulher de 40 anos entrou em surto e ameaçava se jogar com o filho do terceiro andar do Residencial Reinaldo Busanelli 2, localizado na Rua Cláudio Coutinho, no Jardim Campo Nobre, em Campo Grande. Negociação com a Polícia Militar terminou com a mulher levada para uma unidade de saúde e o menino ficou aos cuidados da avó.
Os vizinhos do apartamento conversaram com a reportagem do Campo Grande News, mas por medo da mulher, pediram para não ter o nome divulgado.
Uma manicure, de 42 anos, contou que frequentemente a mulher surta, geralmente quando ingere bebidas alcoólicas. "Já chegou a ameaçar moradores e, inclusive, perdeu uma filha por conta dos surtos", revela.
Desde a noite de ontem (26), os vizinhos escutam gritos do terceiro andar, onde a mãe e filho moram. Entre os gritos, afirmava que se jogaria com o filho. "Ela falava que iria se jogar e o filho dela desesperado, pedindo para parar, até que chegou uma hora ela disse 'se joga também'".
Preocupados, os vizinhos chamaram ajuda ao vê-la na janela nesta manhã. Quando os bombeiros e policiais chegaram, ela não estava mais na janela. Procurada no apartamento, a mãe relutou em abrir a porta dizendo que não havia mandado judicial, mas durante conversa, aceitou ser atendida pelos bombeiros.
A mulher estava visivelmente alcoolizada, segundo os militares. Quando os policiais tentaram entender como ocorreram os fatos, o menino demonstrava medo e não conseguiu falar. "Esse menino está a noite toda sem dormir, ela está gritando com ele na janela desde ontem à noite. Isso é tortura", pontua a vizinha.
A avó da criança e mãe da mulher, aposentada de 60 anos, foi ao local. Ela contou que já cuida de uma neta, de 14 anos. "A justiça tirou dela. Agora vai ficar comigo mais um que eles pediram, porque não tem outra pessoa da família para cuidar".
A idosa afirma que ainda não pediu a guarda do garoto, pois a filha é violenta. "Quando me deram a guarda da minha neta, ainda criança, ela ia lá em casa e quebrava tudo de raiva. Já teve crise de ser internada na marra, mas eu tive dó de deixar lá", lembra. A idosa acredita que a filha faz uso de drogas e afirma que ela precisa fazer tratamento no Caps (Centros de Atenção Psicossocial), mas não aceita.
A avó e a criança foram levadas para a DEPCA (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), onde o caso será registrado.
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