Empresária denuncia ex-marido DJ por “depenar” loja e humilhação
Ele nega agressão verbal e disse que retirada de itens foi consensual
Prejuízo de R$ 20 mil e humilhação marcam o relato de empresária de 27 anos, que acusa o ex-marido, o DJ Diego Oliveira, de “depenar” a loja Rei do Donut, no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.
“Na quinta-feira, já tinha separado as coisas para ele vir buscar. Para ele seguir a vida. Combinei que ia dar um dinheiro para ele montar alguma coisa. Porque foi a condição”, relata a empresária, que pediu para não ter o nome divulgado.
Contudo, a visita na tarde de quinta-feira resultou em uma loja danificada e perda até da senha de acesso ao aplicativo de delivery. A vítima relatou ao Campo Grande News que já encontrou o ex-marido trancado na loja.
“Arrancou papel de parede, iluminação, cortina. Quebrou as coisas”, diz. Quando a empresária chegou ao local, passou a ser ofendida em frente à vizinhança. “Ele disse que me tirou da prostituição, que pegou doença de mim. Eu, com vergonha, não tinha o que fazer. A todo momento me humilhava, falava que eu não era ninguém”.
Ela teve que jogar todo o estoque de produtos, aumentando o prejuízo financeiro. O casal tinha relacionamento de cinco anos, mas estava separado há uma semana.
“Ele viu que começou a crescer [a loja], estava dando muito movimento e percebeu que estava por fora. Não tinha nada no nome dele, ficou revoltado. Quis a empresa de volta. Sei que ajudou, mas ele é difícil de lidar. Minha irmã não o aceitou na sociedade”, afirma a vítima.
A empresária registrou Boletim de Ocorrência na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) por injúria (violência doméstica) e solicitou medida protetiva à Justiça.
Diego Henrique de Oliveira Santos Silva, 34 anos nega que tenha destruído a loja e afirmou ao Campo Grande News que foi ao local para retirar todos os materiais dos quais tem a nota fiscal. Segundo ele, a remoção de itens, que ia das câmeras de segurança a papel de parede, era consensual, acordada entre as partes.
O DJ diz que levou toda a fiação porque pagou e que, até a chegada da irmã da vítima, que começou a ofendê-lo, estava fechando todos os buracos com massa corrida. “Ela chegou desacatando, disse: sai daqui seu lixo. Eu não humilhei ninguém”.
Diego conta que também investiu na loja, mas sem formalizar a sua participação na sociedade e que a sua irmã foi a fiadora quando o ponto foi alugado. Ele relata que chegou a procurar uma delegacia ontem para registrar boletim de ocorrência contra a ex-esposa, mas foi dissuadido pelo delegado.
“Fiz o casamento dele. Me orientou a esperar, porque tenho as notas fiscais e áudios das conversas. Ainda posso entrar com processo de danos morais contra ela”, afirma.