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Capital

Energisa tem novo comando e desafio é evitar pane causada por queda de árvores

Atualmente, 85% da falta de energia ocorre por queda de árvore na rede

Por Izabela Cavalcanti | 13/08/2024 12:34
À esquerda, Marcelo Vinhaes, atual diretor-presidente da Energisa; e à direita, Paulo Roberto dos Santos, que irá assumir o cargo (Foto: Marcos Maluf)
À esquerda, Marcelo Vinhaes, atual diretor-presidente da Energisa; e à direita, Paulo Roberto dos Santos, que irá assumir o cargo (Foto: Marcos Maluf)

A Energisa de Mato Grosso do Sul terá um novo diretor-presidente, oficialmente, a partir do dia 16 de setembro. Após quase 10 anos, Marcelo Vinhaes dará lugar a Paulo Roberto dos Santos, que tem como um dos principais desafios conciliar a arborização dos municípios com a rede, minimizando a falta de energia.

Paulo Roberto está no setor elétrico há mais de 38 anos. Somente na Energisa está há 10 anos, ocupando o cargo de gerente de combate a perdas até 2017, e depois assumiu a diretoria Técnico Comercial em Mato Grosso do Sul, cargo que ocupa até então.

Atualmente, uma das preocupações é o clima severo do Estado. Atualmente, 85% da falta de energia ocorre por queda de árvore na rede, outros 15% são de fatores diversos, como acidente, por exemplo.

Em entrevista ao Campo Grande News, Vinhaes citou que Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são os estados com o clima mais severo.

“Uma distribuidora de energia é muito dinâmica, todo dia tem desafios a cumprir. Um grande desafio é conciliar a questão da arborização urbana com as redes. Enterrar a rede vai trazer um custo altíssimo para pagar a conta depois, se enterrar toda a rede do Estado, para ficar subterrânea, nossa conta de energia vai multiplicar por 10, é impagável essa conta. A gente tem que achar um caminho de conciliar”, destacou.

O até então presidente da distribuidora diz que começou trabalho conjunto com as prefeituras para trabalhar no plano de arborização, tendo em vista que cada município tem sua estratégia.

Por sua vez, Paulo Roberto pontuou que a distribuidora está preparada para os eventos climáticos, mas que é necessário trabalhar na questão da arborização.

Paulo Roberto dos Santos, que irá assumir a presidência da Energisa (Foto: Marcos Maluf)
Paulo Roberto dos Santos, que irá assumir a presidência da Energisa (Foto: Marcos Maluf)

“Nós sofremos com eventos climáticos, que prejudica bastante nossa operação. De qualquer forma, nós estamos muito bem preparados. Uma árvore que tem uma cunha ou que está cortada de um lado, é porque não deveria estar ali. É uma espécie inadequada. É preciso do envolvimento da Prefeitura com a Energisa. Campo grande é uma cidade arborizada, mas a gente precisa trabalhar a espécie”, pontuou.

Outro desafio que ele detalha é o de continuar crescendo junto com o Estado. “Hoje Mato Grosso do Sul é um Estado que se transformou na menina dos olhos do País, pelas taxas de crescimento. A nossa responsabilidade é continuar sendo o motor impulsionador desse crescimento, acompanhando o crescimento”, completou.

Um dos projetos citados durante os quase 10 anos da antiga gestão é o Ilumina Pantanal, desenvolvido e realizado por meio de parceria entre o Governo do Estado, Energisa e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O projeto levou energia solar para 2,8 mil unidades consumidoras na maior planície alagável do mundo.

Também entram para a lista a iluminação do Parque das Nações Indígenas, Jacques da Luz, Parque Ayrton Senna, Belmar Fidalgo, Feira Central, Camelódromo e, recentemente, foi assinado projeto de eficiência energética na Morada dos Baís.

Problema recorrente – Há cerca de 1 mês, a Energisa começou uma operação junto com a Polícia Civil para retirar fios clandestinos instalados em postes de energia elétrica em Campo Grande, e dar mais segurança para a população.

Na primeira ação, realizada no dia 17 de julho, no Jardim Leblon, foram retirados 4 mil metros de cabos irregulares.

Segundo levantamento da concessionária, realizado em junho, estima-se que ainda há 4 mil pontos de ligação fora do padrão, solto ou sendo usado de maneira irregular na Capital.

"Temos um trabalho contínuo de combate ao furto de energia. Outro desafio são os cabos de telecomunicação. Começamos um plano com a Secretaria de Segurança Pública para que os cabos fiquem organizados, não prejudicando a segurança", finalizou Vinhaes.

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