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Capital

Envolvido em assassinato de haitiano é encontrado morto em casa

Homem de 54 anos chegou a ser levado como suspeito, mas não foi autuado em flagrante pelo crime

Por Ana Paula Chuva | 11/01/2025 18:40
Envolvido em assassinato de haitiano é encontrado morto em casa
Local onde haitiano foi morto espancado na quarta-feira (Foto: Marcos Maluf)

Homem de 54 anos, envolvido no assassinato do haitiano Mardochée Borgelin, 35, foi encontrado morto na casa onde morava no Bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande, na manhã deste sábado (11). Ele chegou a ser levado para a delegacia como suspeito por ter jogado uma pedra na vítima, mas não foi autuado em flagrante pelo crime.

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Um homem de 54 anos, envolvido no assassinato do haitiano Mardochée Borgelin, foi encontrado morto em sua casa em Campo Grande, aparentemente por suicídio, após ser levado à delegacia como suspeito de agredir a vítima. O haitiano, que apresentava comportamento agressivo, foi espancado por um grupo de homens e morreu antes que os socorros chegassem. Dois homens foram autuados pelo homicídio, enquanto um terceiro foi liberado por falta de evidências contra ele. O caso destaca a necessidade de apoio emocional e psicológico para pessoas em crise na região.

Conforme o boletim de ocorrência, equipes da Polícia Miliar e do Corpo de Bombeiros foram acionadas após o homem ser encontrado pelo irmão sentada em sua cama com uma corda amarrada em seu pescoço e presa na janela do quarto. Ao lado do corpo estava uma carta da vítima pedindo desculpas ao patrão, a um amigo e a uma irmã, além de um caderno de anotações.

Os militares constataram a morte e acionaram a Polícia Civil e a Perícia. O caso foi registrado como suicídio. O irmão relatou que foi até a casa após o homem não aparecer ao trabalho na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) e ele não tinha costume de faltar.

Envolvido em assassinato de haitiano é encontrado morto em casa
Corpo do haitiano no local onde crime aconteceu (Foto: Enryck Sena)

Homicídio –Testemunhas contaram que o haitiano estava transtornado durante todo o "apresentando agressividade com os vizinhos". Além disso, durante a manhã causou importunação na Ceasa e seguranças precisaram colocá-lo para fora do local.

Já durante a tarde, segundo as testemunhas que conversaram com a polícia, Borgelin se envolveu em confusão com clientes de um bar que fica na esquina da Ceasa. Ele chegou a ser agredido por alguns homens e a Polícia Militar foi acionada. Na ocasião, o haitiano não soube informar quem foi e não tinha interesse em representar criminalmente.

Os militares, então, o instruíram a não voltar ao bar e não perturbar mais os vizinhos. Na sequência, assim que os policiais deixaram o local, grupo entre 6 e 10 homens invadiu a vila de casas onde Borgelin morava, na Rua Antônio Rahe, Bairro Mata do Jacinto, e passaram a espancá-lo com barra de ferro, pedaços de madeira e pedras.

A polícia foi chamada novamente e, quando retornou pela segunda vez, encontrou a vítima na frente da vila de casas, com fraturas severas na cabeça e afundamento no rosto. Não houve tempo de socorro e a morte foi constatada no local.

Na ocasião, Sidnei Gonçalves da Silva e Pablo de Souza Klipel foram levados para a delegacia junto com o homem encontrado morto nesta manhã. Os dois primeiros foram autuados pelo homicídio e tiveram a prisão preventiva decretada.

Já o terceiro foi liberado porque uma testemunha afirmou em depoimento que o viu jogando uma pedra na vítima apenas quando ela já estava morta e que o homem era uma pessoa tranquila e nunca esteve envolvida em confusão.

“Insta constar que ele não tem passagens criminais, por essas razões deixo de lavrar o flagrante, determinado o registro como suspeito para melhor apuração dos fatos”, diz o auto de prisão em flagrante dos envolvidos.

Procure ajuda - Em Campo Grande, o GAV (Grupo Amor Vida) presta apoio emocional gratuito a pessoas em crise por meio de atendimento telefônico pelo número 0800 750 5554. Ligue sempre que precisar! O horário de funcionamento é das 7h às 23h, inclusive sábados, domingos e feriados.

Vítimas de depressão e demais transtornos psicológicos podem também buscar ajuda em escolas-clínicas de Psicologia, no Núcleo de Saúde Mental, CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) ou pelos telefones 141 e 188 CVV (Centro de Valorização da Vida), 190 da PM e 193 dos Bombeiros, que ajudam pacientes a romper o silêncio.

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Movimentação policial no local do homicídio na noite de quarta-feira (Foto: Enryck Sena)

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