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Capital

Equipe da prefeitura cadastra moradores expulsos de área ocupada no Lagoa Park

Apesar do levantamneto, gestão não deu prazo para incluir os aptos nos programas sociais

Natália Olliver e Ana Beatriz Rodrigues | 07/08/2023 15:25
Famílias aguardando desocupação no Lagoa do Park (Foto: Paulo Francis)
Famílias aguardando desocupação no Lagoa do Park (Foto: Paulo Francis)

Famílias residentes na área ocupada no Lagoa Park, bairro vizinho ao Jardim Batistão, região sul de Campo Grande, serão cadastrados em programas sociais de moradia. Equipes da prefeitura estiveram no local nesta segunda-feira (7), após despejos feitos pela GCM (Guarda Civil Metropolitana), na tarde deste domingo (6). O intuito é realizar o levantamento e atualização dos dados necessários ao NIS e CadÚnico. E, assim, verificar se os residentes se enquadram em benefícios municipais como aluguel social ou programa "recomeçar a moradia".

Apesar do cadastramento, a gestão não deu prazo para incluir os aptos aos programas. De acordo com Pamela Ramos, psicóloga do setor social da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), a inclusão não será feita nesta segunda, apenas a atualização dos dados dos moradores e verificação pelo Cras (Centro de Referência de Assistência Social).

Léia Sena, de 45 anos, é coordenadora do Cras Vila Gaúcha, que atende a região da Lagoa. Ao Campo Grande News, ela explica que "o Programa Aluguel Social ou Locação Social já encerrou, foi aberto um cadastro na Agência de Habitação e tinha data limite para se inscrever. O que o Cras faz é atualizar o cadastro único dessas famílias e verifica se estão dentro do perfil, se atendem os critérios para o programa Recomeçar Moradia".

 Léia, coordenadora do Cras Vila Gaúcha (Foto: Paulo Francis)
 Léia, coordenadora do Cras Vila Gaúcha (Foto: Paulo Francis)

De acordo com ela, a prefeitura usa o cadastro para inserir, quando aptos, os moradores nos programas. “Pegam CPF, nome de todo mundo da família e conferem se essas pessoas podem participar e entrar no benefício”.

Gisele da Silva Marques ressalta que já tem o cadastramento na Emha e CadÚnico há 12 anos. Ela conta à reportagem que está na ocupação há 48 dias e que antes morava com os quatro filhos, de favor na casa de uma conhecida.

Léia acrescentou que o Cras possui uma unidade de acolhimento familiar Uaifa, mas Gisele teme misturar as crianças com dependentes químicos. "Quando destruir os barracos eu vou voltar. A guarda só deixou descer alimentos, que nós recebemos de doações, mais nada", disse.

Reunião com o governo - Um grupo de moradores da área de ocupação foi recebido, na manhã desta segunda-feira (7), pelo secretário de Governo e Relações Institucionais do Município, João Rocha. Na ocasião, ficou decidido que as famílias seriam cadastradas nos programas sociais oferecidos pela prefeitura.

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