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Capital

'Era meu amigo', diz réu ao negar assassinato por pedra de crack

O réu responde por cravar faca em peito de Lucas Osvaldo Pejara Alvarenga, em 2023

Por Geniffer Valeriano e Murilo Medeiros | 20/02/2025 11:15
'Era meu amigo', diz réu ao negar assassinato por pedra de crack
Marcos durante julgamento que iniciou nesta manhã (Foto: Murilo Medeiros)

“Não matei, ele era meu amigo”, disse Marcos Cesar Andrade dos Santos, de 42 anos, durante júri realizado na manhã desta quinta-feira (20). O homem está sendo julgado por matar Lucas Osvaldo Pejara Alvarenga em novembro de 2023, após uma discussão por uma pedra de crack.

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Marcos Cesar Andrade dos Santos, 42, está sendo julgado pelo assassinato de Lucas Osvaldo Pejara Alvarenga, ocorrido em novembro de 2023, após uma discussão por drogas. Durante o júri, Marcos negou o crime, alegando que Lucas era seu amigo e sugerindo que o assassinato poderia ter sido cometido por outra pessoa. A acusação afirma que o crime foi motivado por uma dívida de R$ 70,00 para compra de crack. Marcos, que tem histórico de uso de drogas e esquizofrenia, confessou o crime à polícia, mas alegou ter sido ameaçado. O julgamento prossegue com debates entre acusação e defesa.

O Campo Grande News acompanhou o interrogatório do réu enquanto esteve no tribunal. Durante esta etapa, o Ministério Público argumentou que o crime ocorreu após Marcos emprestar R$ 70,00 para Lucas comprar entorpecente para consumirem juntos. Porém, a vítima teria consumido toda a droga sozinha e, por isso, foi esfaqueado. Por esse motivo, a acusação é de homicídio doloso por motivo torpe.

A defesa do réu relatou que Marcos faz uso de entorpecentes desde os 12 anos. Ainda foi afirmado que o homem foi diagnosticado com esquizofrenia. A autoria do crime é negada pela defesa. Nenhuma testemunha foi convocada para o júri.

Em depoimento, Marcos afirmou que Lucas estava tendo um caso com uma mulher casada, assassinada uma semana antes. O réu sugeriu que o crime poderia ter sido cometido pelo marido ou por familiares da mulher. Marcos confirmou que deu R$ 70,00 para Lucas, mas ele diz que não discutiu com o amigo.

“Eu não matei o Lucas. Ele era o meu amigo. Eu conhecia o cara, pode ter sido o marido da Gabizinha ou algum conhecido dela, mas eu não sei [...] Falei na delegacia que havia sido eu, porque os policiais queriam me matar e me pegar. Não sofri agressões, mas ameaças sim”, afirmou.

Nenhuma testemunha foi convocada para participar do júri. Por isso, as fases seguintes do julgamento serão os debates entre acusação e defesa, seguido pela votação secreta dos jurados e a leitura da sentença.

'Era meu amigo', diz réu ao negar assassinato por pedra de crack
Policiais militares em frente à casa onde homem foi encontrado morto (Foto: Marcos Maluf/Arquivo))

Relembre - Conforme apurado pelo Campo Grande News na época do crime, a casa onde Lucas foi encontrado é ocupada por usuários de droga. Naquela manhã, uma pessoa que não foi identificada ligou para a Polícia Militar e informou que a vítima estava morta.

Quando a equipe chegou ao local, encontrou Lucas deitado em um colchão, no quarto da casa, com a faca cravada no peito e ao lado do corpo tinha uma pedra grande, que possivelmente o suspeito usou para golpear a vítima.

Segundo o delegado Gabriel Desterro, a vítima teria sido golpeada primeiramente com a pedra ainda em pé. Depois, levou uma facada no tórax, que ficou presa no peito. O cabo da faca foi encontrado em frente à casa e aparentemente quebrou na região do tórax da vítima. O rosto de Lucas ficou desfigurado devido às agressões.

O GOI (Grupo de Operações e Investigações) prendeu Marcos dois dias após o crime. O suspeito foi localizado na residência de familiares com manchas de sangue na roupa. Ele confessou o crime, afirmando que passou à vítima um valor para comprar uma pedra de crack e consumirem juntos, porém Lucas usou a droga sozinho.

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