'Era meu amigo', diz réu ao negar assassinato por pedra de crack
O réu responde por cravar faca em peito de Lucas Osvaldo Pejara Alvarenga, em 2023
“Não matei, ele era meu amigo”, disse Marcos Cesar Andrade dos Santos, de 42 anos, durante júri realizado na manhã desta quinta-feira (20). O homem está sendo julgado por matar Lucas Osvaldo Pejara Alvarenga em novembro de 2023, após uma discussão por uma pedra de crack.
RESUMO
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Marcos Cesar Andrade dos Santos, 42, está sendo julgado pelo assassinato de Lucas Osvaldo Pejara Alvarenga, ocorrido em novembro de 2023, após uma discussão por drogas. Durante o júri, Marcos negou o crime, alegando que Lucas era seu amigo e sugerindo que o assassinato poderia ter sido cometido por outra pessoa. A acusação afirma que o crime foi motivado por uma dívida de R$ 70,00 para compra de crack. Marcos, que tem histórico de uso de drogas e esquizofrenia, confessou o crime à polícia, mas alegou ter sido ameaçado. O julgamento prossegue com debates entre acusação e defesa.
O Campo Grande News acompanhou o interrogatório do réu enquanto esteve no tribunal. Durante esta etapa, o Ministério Público argumentou que o crime ocorreu após Marcos emprestar R$ 70,00 para Lucas comprar entorpecente para consumirem juntos. Porém, a vítima teria consumido toda a droga sozinha e, por isso, foi esfaqueado. Por esse motivo, a acusação é de homicídio doloso por motivo torpe.
A defesa do réu relatou que Marcos faz uso de entorpecentes desde os 12 anos. Ainda foi afirmado que o homem foi diagnosticado com esquizofrenia. A autoria do crime é negada pela defesa. Nenhuma testemunha foi convocada para o júri.
Em depoimento, Marcos afirmou que Lucas estava tendo um caso com uma mulher casada, assassinada uma semana antes. O réu sugeriu que o crime poderia ter sido cometido pelo marido ou por familiares da mulher. Marcos confirmou que deu R$ 70,00 para Lucas, mas ele diz que não discutiu com o amigo.
“Eu não matei o Lucas. Ele era o meu amigo. Eu conhecia o cara, pode ter sido o marido da Gabizinha ou algum conhecido dela, mas eu não sei [...] Falei na delegacia que havia sido eu, porque os policiais queriam me matar e me pegar. Não sofri agressões, mas ameaças sim”, afirmou.
Nenhuma testemunha foi convocada para participar do júri. Por isso, as fases seguintes do julgamento serão os debates entre acusação e defesa, seguido pela votação secreta dos jurados e a leitura da sentença.
Relembre - Conforme apurado pelo Campo Grande News na época do crime, a casa onde Lucas foi encontrado é ocupada por usuários de droga. Naquela manhã, uma pessoa que não foi identificada ligou para a Polícia Militar e informou que a vítima estava morta.
Quando a equipe chegou ao local, encontrou Lucas deitado em um colchão, no quarto da casa, com a faca cravada no peito e ao lado do corpo tinha uma pedra grande, que possivelmente o suspeito usou para golpear a vítima.
Segundo o delegado Gabriel Desterro, a vítima teria sido golpeada primeiramente com a pedra ainda em pé. Depois, levou uma facada no tórax, que ficou presa no peito. O cabo da faca foi encontrado em frente à casa e aparentemente quebrou na região do tórax da vítima. O rosto de Lucas ficou desfigurado devido às agressões.
O GOI (Grupo de Operações e Investigações) prendeu Marcos dois dias após o crime. O suspeito foi localizado na residência de familiares com manchas de sangue na roupa. Ele confessou o crime, afirmando que passou à vítima um valor para comprar uma pedra de crack e consumirem juntos, porém Lucas usou a droga sozinho.
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