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Capital

Especialistas apostam em nova planta para combater mosquito da dengue

Alan Diógenes | 16/12/2015 08:28
Flor da crotalaria atrai libélula que deposita ovos e larvas acabam comendo as larvas do mosquito Aedes aegypti. (Foto: Reprodução/Facebook)
Flor da crotalaria atrai libélula que deposita ovos e larvas acabam comendo as larvas do mosquito Aedes aegypti. (Foto: Reprodução/Facebook)
Alecrim serve como repelente natural. (Foto: Silas Lima)
Alecrim serve como repelente natural. (Foto: Silas Lima)
Tagete pode ser plantado no quintal que também serve como repelente natural. (Foto: Silas Lima)
Tagete pode ser plantado no quintal que também serve como repelente natural. (Foto: Silas Lima)

Uma planta é a nova aposta dos especialistas para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, diante da epidemia e estado de emergência, em Campo Grande. A flor da Crotalaria atrai as libélulas, que por sua vez, se alimenta das larvas do mosquito que está causando muita dor de cabeça na população.

Acontece da seguinte forma: após ser atraída pelas flores da planta, a libélula acaba depositando seus ovos nas águas paradas do quintal, como o Aedes aegypti. Quando as larvas dela eclodem, acabam comendo as larvas do mosquito. A descoberta foi feita por especialistas, entre engenheiros agrônomos, e sementes da planta já estão sendo distribuídas por agentes de saúde em alguns estados brasileiros para que haja um controle biológico do Aedes.

A iniciativa ainda não foi adotada na Capital, mas muitas pessoas já estão procurando a planta em floriculturas. O problema, segundo a funcionária Sônia Marcia, de uma das maiores floriculturas da cidade, na Avenida Mascarenhas de Moraes, não foi possível encontrar a planta em Campo Grande.

Por isso, a floricultura já fez o pedido de estoques vindos de Holambra (SP). “O número de plantas corresponde ao número de pedidos, que por sinal não foram poucos. Diante da epidemia, as pessoas descobriram essa forma de combate e começou a nos procurar”, explicou Sônia.

Cliente da floricultura, a manicure Elaine Faria Borges, 31 anos, gostou de saber da novidade. “É muito bom ainda mais nesta época de epidemia. Só é começar a chover que as pessoas se preocupam mais com o mosquito. Acredito que a preocupação tem que ser durante o ano todo. Eu, por exemplo, sempre deixo meu quintal limpo”, comentou.

A procura pela citronela, que segundo os especialistas, também é um repelente para o Aedes aegypti também é grande na floricultura. Por dia saem 600 unidades da planta, sendo que há dois meses saíam apenas 90 unidades mensalmente.

A funcionária Sônia disse que apenas uma cliente levou 200 mudas. A mulher trabalhava em uma empresa de manipulação e iria dar a amostrar do produto às farmácias da Capital. “Fora isso, vem bastante gestantes, idosos e empregadas domésticas preocupadas com o mosquito”, destacou.

O atendente da floricultura Jhonatan Batista de Souza, 21, disse que muitos também procuras plantas como Alecrim, Tagetes e Lavanda, que servem como repelentes naturais. “Vem gente até do interior procurar por essas plantas. As velas de citronela também estão sendo bastante procuradas”, finalizou.

Cresce a procura pela citronela também utilizada para afastar do Aedes aegypti. (Foto: Silas Lima)
Cresce a procura pela citronela também utilizada para afastar do Aedes aegypti. (Foto: Silas Lima)
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