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Capital

“Estão defendendo o indefensável”, diz 1ª da fila no júri do Caso Sophia

Mãe e padrasto vão a julgamento por caso brutal: morte de menina de 2 anos

Por Aline dos Santos e Ana Beatriz Rodrigues | 04/12/2024 07:43


Amanda Marais é acadêmica de Direito e foi 1ª a chegar para assistir a júri. (Foto: Henrique Kawaminami)
Amanda Marais é acadêmica de Direito e foi 1ª a chegar para assistir a júri. (Foto: Henrique Kawaminami)

RESUMO

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Amanda Marais, uma acadêmica de Direito de 32 anos, foi a primeira a chegar para o julgamento do Caso Sophia em Campo Grande, destacando a complexidade da defesa no caso de uma menina de 2 anos que morreu em circunstâncias trágicas. O padrasto e a mãe da criança estão sendo julgados, sendo o padrasto acusado de homicídio qualificado e estupro de vulnerável, enquanto a mãe enfrenta acusações de homicídio doloso por omissão. A investigação revelou que Sophia apresentava sinais de agressão e violência sexual, culminando em sua morte por trauma raquimedular e hemorragia. O julgamento, marcado por um clima melancólico, reflete a luta entre a busca por justiça e a defesa do indefensável.

Acadêmica de Direito, Amanda Marais, de 32 anos, é a primeira da fila para o julgamento do Caso Sophia, que começa nesta quarta-feira (dia 4), em Campo Grande, e destaca a “defesa do indefensável”.

“Eu era de Brasília e estou, atualmente, aqui. O que me fez querer vir é o fato de poder assistir os advogados. Ver como vai ser feita a defesa e como vão ser conduzidos e narrados os fatos. Mas, a meu ver, eles estão defendendo o indefensável”, diz Amanda.

A estudante chegou às 6h30 ao Tribunal do Júri. O julgamento está marcado para às 8h. Estão nos bancos dos réus a mãe Stephanie de Jesus da Silva, de 26 anos, e o padrasto Christian Campoçano Leitheim, de 27 anos. Apesar de ser primavera, o dia tem ares de outono, com cores acinzentadas, neblina fina e clima de melancolia.

Na tarde do dia 26 de janeiro de 2023, a menina Sophia, de 2 anos e sete meses, deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino já sem vida. Inicialmente, a mãe, que foi até lá sozinha com a garota nos braços, sustentou versão de que ela havia passado mal, mas investigação médica encontrou lesões pelo corpo, além de constatar que a morte havia ocorrido cerca de quatro horas antes da chegada ao local.

O atestado de óbito apontou que a garotinha morreu por sofrer trauma raquimedular na coluna cervical (nuca) e hemotórax bilateral (hemorragia e acúmulo de sangue entre os pulmões e a parede torácica). Exame necroscópico também mostrou que a criança sofria agressões há algum tempo e tinha ruptura cicatrizada do hímen, sinal de que sofreu violência sexual.

Para a investigação policial e o MP, Sophia foi espancada até a morte pelo padrasto, depois de uma vida recebendo “castigos” físicos.

O padrasto será julgado por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e praticado contra menor de 14 anos. Ainda responderá por estupro de vulnerável. Já a mãe será julgada por homicídio doloso por omissão.

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