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Capital

Exame que detecta dengue aumenta em 900% demanda em laboratório

Natalia Yahn | 18/01/2016 15:00
Exames que detectam a dengue em pacientes de todos os municípios de MS são realizados no Lacen, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Exames que detectam a dengue em pacientes de todos os municípios de MS são realizados no Lacen, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)

O Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) registrou aumento de 900% no número diário de exames realizados para detectar dengue, por conta da epidemia da doença em Mato Grosso do Sul. Segundo informações do órgão, normalmente são processadas 20 amostras por dia, mas essa quantidade passou para 200 desde outubro de 2015.

A farmacêutica-bioquímica e gerente da biologia médica do Lacen, Deborah Ledesma Taira, explica que o local atende todos os 79 municípios do Estado. Por isso, o tempo de espera para pacientes de Campo Grande é de 3 a 5 dias, enquanto para os do interior é de 5 dias úteis.

“Às vezes, o prazo informado para os pacientes é de 30 a 40 dias para ter o resultado, mas é porque pode acontecer de faltar os kits do Ministério da Saúde. Até a compra e o recebimento demora, então a espera aumenta”, explica.

O Lacen realizada apenas o exame que detecta a dengue. Os procedimentos em relação ao zika vírus e à chikungunya são feitos em laboratórios fora de Mato Grosso do Sul.

Os materiais coletados para casos suspeitos de zika vírus são encaminhados para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP). Já os de chikungunya seguem para o Instituto Evandro Chagas, em Ananindeua (PA).

“São os laboratórios de referência para Mato Grosso do Sul. Por enquanto os exames das duas doenças são feitos lá. Mas, no fim do mês (janeiro) uma farmacêutica ficará uma semana em treinamento no Pará para podermos começar a fazer os exames de zika vírus aqui. E já teve capacitação para os exames de chikungunya serem realizados no Lace, estamos aguardando insumos do Ministério da Saúde”, explicou Deborah Taira.

O primeiro boletim epidemiológico do ano, divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), indicou aumento de 839% no número de casos em 2016 em relação no mesmo período de 2015, conforme relatório da época.

Na primeira semana de janeiro, entre os dias 3 e 9 de janeiro, foram notificados 1.785 casos suspeitos da doença. Enquanto no mesmo período do ano passado, foram identificados apenas 190 casos suspeitos.

O ano de 2015 fechou com 74 municípios acusando alta incidência de dengue. Iguatemi, Sonora e Selvíria estavam no topo da lista em número de casos registrados e Campo Grande aparecia na 41ª posição. Já nesta primeira lista, a Capital ocupa o 20º lugar, apresentando baixa incidência da doença e as cidades de Caracol, Nioaque, Bonito e Coxim são as únicas com alta incidência.

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