Excesso de velocidade matou 35 pessoas na Capital em 2022
"A velocidade é o pior problema", dizem autoridades em encerramento da campanha Maio Amarelo
Nesta terça-feira (31), foi realizado o encerramento da campanha Maio Amarelo em Campo Grande. Durante o evento, em frente à Escola Municipal de Educação Infantil Eleodes Estevan, na Avenida Afonso Pena, as autoridades afirmaram que o principal problema no trânsito da Capital é a alta velocidade.
Nos cinco primeiros meses deste ano, os acidentes de trânsito causaram a morte de 35 pessoas na Capital, sendo que vinte delas morreram no local da ocorrência devido à gravidade do acidente, as outras quinze faleceram depois de serem socorridas e encaminhadas para unidades de saúde.
"A velocidade é o pior problema. Em seguida, vem o álcool e em terceiro, as pessoas sem habilitação", explicou Janine de Lima Bruno, diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Nas ruas de Campo Grande, a velocidade máxima permitida é de 50 km/h, sendo que na região central e nas portas de escolas, o limite é de 30 km/h, segundo a Agetran.
"Abaixo disso, a pessoa pode até se envolver em acidente, mas provavelmente não vai matar e nem morrer no trânsito. O amarelo é atenção pela vida, cada um tem que fazer sua parte no trânsito", reforça a gerente de Educação para o Trânsito da Agetran, Ivanise Rotta. Ao todo, durante todo o mês de maio, 2.711 pessoas participaram diretamente das ações de conscientização da campanha.
Segundo o tenente-coronel Elcio Almeida, do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito) e presidente do GGIT (Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito), o maior número de acidentes acontece por volta das 6h, no caminho para o trabalho e escola, e também entre 17h e 20h, no retorno para casa.
"O objetivo é fazer com que as pessoas cumpram a leis, mas não para os agentes de trânsito que estão ali no local, e sim, para elas mesmas e todos que compõem o trânsito. A velocidade é o principal, e nossa preocupação também é grande com não habilitados e motociclistas novos, que muitas vezes, não respeitam a sinalização", disse o tenente-coronel.