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Capital

Família doa órgãos de motociclista que morreu em acidente no Parati

Esta foi a 9ª captação de órgãos realizada neste ano e beneficiou três pessoas

Viviane Oliveira | 31/05/2022 09:05
Roberto completaria mais um ano de vida na próxima sexta-feira, dia 3 de junho. (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Roberto completaria mais um ano de vida na próxima sexta-feira, dia 3 de junho. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

A família doou os órgãos de Roberto Luiz de Oliveira, de 36 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande no domingo (29), dois dias depois de um grave acidente no cruzamento da Rua da Divisão com a Rua do Piano, na região do Jardim Parati, na Capital.

Foram doados rins e fígado. Esta foi a 9ª captação de órgãos realizada neste ano e beneficiou três pessoas. Segundo a Santa Casa, a captação foi na manhã de ontem (30) pela OPO (Organização de Procura de Órgãos).

“Você sempre teve esse coração enorme pra ajudar as pessoas, amor. Creio que você ficou feliz. Você nos deixou, mas pôde salvar vidas pelo Brasil”, postou nas redes sociais a esposa da vítima.

O fígado captado foi encaminhado para Rio Branco, no Acre. De acordo com o cirurgião responsável, Juan Rafael Branez, especialista em transplante de órgãos abdominais, esse processo garante uma nova vida para aqueles que aguardam nas filas por um órgão compatível.

“Não existe transplante sem doação. Num momento de dor, a família poderá dar vida a outra pessoa e isso significa uma segunda chance com mais qualidade de vida para quem recebe o órgão”, destacou Juan, que atuou junto com o médico assistente, Filipe Oliveira.

Equipe durante a capitação de órgãos (Foto: Divulgação/Santa Casa)
Equipe durante a capitação de órgãos (Foto: Divulgação/Santa Casa)

Já os dois rins do paciente foram encaminhados para São Paulo. A extração dos órgãos foi conduzida pela equipe do Serviço de Urologia da Santa Casa e levados para o destino por meio de voo comercial, onde no hospital, os pacientes aguardavam pelo transplante.

A equipe da OPO do hospital é responsável por acompanhar todos pacientes neurológicos graves e também pelo acolhimento dos familiares para que, diante da confirmação da morte encefálica, sejam informados da possibilidade da doação.

Sendo de interesse dos familiares, o próximo passo é a busca de possíveis receptores feita pela Central Estadual de Transplante, não existindo condições de transplante no Estado, a busca é realizada no Sistema Nacional de Transplantes.

Localizados os receptores compatíveis, inicia-se uma operação de precisão, que necessita cumprir horários rigorosos para que sejam respeitados os prazos máximos necessários para que cada órgão seja transplantado com a menor margem de erro possível.

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