ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, DOMINGO  22    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Família de estudante fuzilado por engano cobra R$ 6 milhões de chefes de milícia

Relato à Justiça é de que a família se desmantelou após a execução do acadêmico

Aline dos Santos | 04/06/2021 09:12
Matheus Xavier foi morto por engano na porta de casa, em Campo Grande. (Foto: Reprodução/Facebook)
Matheus Xavier foi morto por engano na porta de casa, em Campo Grande. (Foto: Reprodução/Facebook)

A família de Matheus Coutinho Xavier, fuzilado por engano na porta de casa, cobra indenização de R$ 6,2 milhões dos empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, denunciados como mandantes do crime na operação Omertà.

O jovem de 20 anos foi morto no lugar do pai, o ex-policial militar Paulo Roberto Teixeira Xavier. O crime aconteceu no dia 9 de abril de 2019, no Jardim Bela Vista, em Campo Grande.

O pedido de indenização tramita desde ontem (dia 3) na 3ª Vara Cível de Campo Grande. A ação quer o bloqueio dos R$ 6,2 milhões (sendo R$ 3,1 milhões de Jamil Name e outros R$ 3,1 milhões do filho), além de que os denunciados custeiem pagamento de aluguel, tratamento psicológico e empréstimos bancários contratados após o crime.

O relato à Justiça é de que a família se desmantelou psicologicamente após a execução do acadêmico de Direito. “Pois além do sofrimento indescritível que é perda de um filho, irmão ou neto, sem condições alguma de seguir suas vidas normalmente, necessitando de apoio psicológico, viram-se diante de um medo constante de permanecerem residindo no mesmo local”.

A ação destaca que os réus pela morte têm boas condições financeiras e anexou reportagem em que Jamil Name disse que pagaria até R$ 600 milhões por sua liberdade. Name, 82 anos, está atualmente intubado com covid-19 e teve as prisões preventivas suspensas.  A Justiça ainda não avaliou o pedido de indenização da família de Matheus Coutinho Xavier.

O processo pela execução do jovem tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. O juiz Aluízio Pereira dos Santos  mandou os empresários e mais quatro pessoas a júri popular pelo crime. Porém, ação penal está parada, aguardando julgamento de recurso.

Nos siga no Google Notícias