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Capital

Família pede pena máxima para acusado de matar professor de informática

Guilherme Henri | 13/04/2016 10:21
Para familiares do professor de informática Francismar é frio e calculista (Foto: Marcos Ermínio)
Para familiares do professor de informática Francismar é frio e calculista (Foto: Marcos Ermínio)

A família do professor de informática Bruno Soares Santos, 29 anos, pede que o acusado de assassiná-lo com um tiro em março do ano passado seja condenado com pena máxima. O julgamento de Francismar Câmara iniciou às 8h, na saldo do júri, no Fórum, e sua defesa afirma que tentará a absolvição com base em três boletins de ocorrências que foram registrados contra a vítima envolvendo atos obscenos.

Conforme a irmã da vítima, Cláudia Soares, 40 anos, o crime foi premeditado e Francismar agiu com frieza. “Se passou um ano, mas para nós é como se ele tivesse morrido ontem. A dor é insuportável. A filha dele de 5 anos está em tratamento no psicologo e meus pais em depressão”, desabafa.

O assassinato aconteceu no dia 16 de março, às 7h30, no local de trabalho onde a vítima atuava como supervisor. É uma escola de tecnologia localizada na Rua Maracaju, entre a 13 de Maio e a 14 de Julho, no Centro.

O criminoso chegou e perguntou por Bruno à recepcionista. Após ser indicado onde o professor estava, Francismar saiu e foi até um carro, que estava estacionado em frente o local. 

Quando voltou, o assassino já encontrou a vítima em uma das salas em frente a recepção. Confirmou o nome do "alvo", tirou a arma, que parece ser uma carabina, escondida em uma manta, e atirou uma vez. Pelo tamanho da perfuração no tórax da vítima, foi utilizado grosso calibre. Conforme a perícia, a bala atingiu a axila esquerda, o que indica que Bruno ainda tentou se defender levantando. O professor morreu antes de ser socorrido.

Na época, investigações da Polícia Civil apontaram que o crime pode ter sido motivado por uma das queixas feitas contra a vítima.

Segundo o boletim de ocorrência, uma mulher de 31 anos, que era colega de trabalho de Bruno garantiu ter sido abordada pelo professor em um ponto de ônibus na Rua Maracaju e levada para um corredor abandonado onde acabou molestada.

Ela era esposa de Francismar que ao ficar sabendo do fato quis “acertar as contas” com a vítima.

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