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Capital

Famílias optam pelo silêncio em velórios de casal de policiais militares

Cássia e Jorge foram encontrados mortos na manhã de ontem; ela em Campo Grande e ele em Presidente Epitácio

Ana Paula Chuva e Antonio Bispo | 21/06/2023 14:49
Movimentação no velório de Jorge na tarde desta quarta-feira. (Foto: Paulo Francis)
Movimentação no velório de Jorge na tarde desta quarta-feira. (Foto: Paulo Francis)

O casal de policiais militares, encontrado morto na manhã de terça-feira (20), foi velado e sepultado em Campo Grande, nesta quarta-feira (21), no entanto, a família de ambos optou por manter o silêncio durante a despedida de Cássia Silva Machado, 32 anos, e de José Augusto Rivarola Saito, 36. A suspeita é que a mulher tenha assassinado o marido ainda na manhã de ontem e em seguida vindo para a Capital, onde cometeu suicídio. O caso ainda é investigado.

A despedida de José acontece no Cemitério Jardim das Palmeiras, Avenida Tamandaré. No local, familiares, amigos e colegas de trabalho se reúnem para o último adeus ao militar, que há cerca de um ano havia sido transferido para Bataguassu, a 313 quilômetros de Campo Grande.

Reservados e ainda bastante abalados com tudo o que aconteceu, a família optou por não falar com a imprensa nesta tarde. O sepultamento está marcado para as 15h30 no mesmo local. Segundo o registro oficial da Polícia Militar, Jorge deixa dois filhos, de 13 e 11 anos.

Já Cássia foi velada ainda no início da madrugada. A cerimônia aconteceu em capela no Bairro Aero Rancho e durou até as 13h30 de hoje. Em seguida, foi sepultada no Cemitério Nacional Parque, em Campo Grande.

A equipe do Campo Grande News foi até o local, mas os familiares também não quiseram falar com a imprensa.

Viaturas da PM de São Paulo em frente de casa de policial (Foto: Cenário MS)
Viaturas da PM de São Paulo em frente de casa de policial (Foto: Cenário MS)

Investigação - Cabos, lotados em Bataguassu, Cássia e Saito foram encontrados mortos na manhã de ontem. Ele, na residência onde moravam em Presidente Epitácio. Ela, dentro da camionete do casal na estrada que dá acesso ao Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, área rural de Campo Grande. Ambos ingressaram na Polícia Militar em 2015 e atualmente moravam na cidade do interior paulista.

A investigação ainda está no início, mas de acordo com o major Adolf Hoffmann, ao que tudo indica, a mulher matou o policial no imóvel do casal, com dois tiros no peito e, na sequência, se deslocou até Campo Grande e tirou a própria vida com tiro na cabeça, na estrada da Gameleira.

Cássia estava com ferimento na cabeça, mas ainda não se sabe se a arma usada nas duas situações é a mesma e nem a cronologia das mortes. Equipes da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e de Presidente Epitácio investigam o caso. Ao Campo Grande News, um ex-marido da policial afirmou que ela esteve com as duas filhas gêmeas, de 12 anos, até por volta das 18h da segunda-feira (19), na Capital.

Equipe periciando camionete onde corpo de Cássia foi encontrado. (Foto: Henrique Kawaminami)
Equipe periciando camionete onde corpo de Cássia foi encontrado. (Foto: Henrique Kawaminami)


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